Prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV) decidiu dividir e quantificar a futura atuação de Márcio da Farmácia (Podemos), seu atual vice-prefeito e recém-eleito deputado estadual, na Assembleia Legislativa.

“Eu e o Márcio pensamos em buscar o que a cidade deixou de ganhar nesses anos que ficou sem representante na Assembleia Legislativa (desde 2010). E não só para Diadema, nós teremos um olhar mais voltado para a cidade, mas vamos trabalhar 70% para nossa cidade – que deu 70% dos votos para o nosso candidato entrar – e vamos trabalhar 30% para o Grande ABC e para a Região Metropolitana de São Paulo e para o Estado de São Paulo, porque também temos obrigação de fazer um mandato coerente, onde nós tenhamos a questão de ter as coisas alinhadas com a vontade popular”, disse o prefeito.

A eleição de Márcio da Farmácia, no domingo, foi uma vitória particular de Lauro, que ajudou a desenhar e amarrar os caminhos para a viabilidade da candidatura do hoje vice-prefeito. Bancou o nome de Márcio na disputa, a contragosto da vontade do próprio primo, o presidente da Câmara, Marcos Michels (PSB), que reivindicava patrocínio da máquina para sair candidato. Além disso, também avalizou a saída de Márcio do PV para o Podemos, projetando um êxito mais acessível eleitoralmente. O vice-prefeito recebeu 44.969 votos (35.308, ou 78,51%, só em Diadema). O primeiro suplente do PV, Edson Giriboni, recebeu 59.701 adesões, mas não foi eleito. O partido se coligou com PSB, PSC, PPS e PTB.

Por outro lado, a ex-secretária Regina Gonçalves (PV), que saiu a federal com o apoio do governo, recebeu 26.312 votos e amargou sua terceira derrota consecutiva.

A última vez em que Diadema tinha nome próprio na Assembleia foi na legislatura 2007-2010, com os ex-prefeitos Mário Reali (PT) e José Augusto da Silva Ramos (PSDB). (Colaborou Bianca Barbosa)