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Tributos representam 72% do preço do videogame
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
08/10/2010 | 07:01
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Antes de comprar o tão sonhado PlayStation, iPod ou MP3 para a garotada vale a pena saber que os eletrônicos são campeões na incidência de impostos entre as opções de presente para o Dia das Crianças. Por isso, vale a pena avaliar bem os produtos a serem adquiridos.

Pesquisa do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) revela que mais da metade do valor desembolsado para comprar alguns dos produtos vai para os cofres públicos. Se o valor médio do PlayStation 3 no varejo é R$ 1.578,90, significa que 72,18% são apenas impostos. Ou seja, o custo real dele seria de R$ 439,25.

Este seria, em média, o preço de um PlayStation 2. No caso de um MP3 com rádio FM com memória de 512 MB ou iPod a carga tributária representa 49,45% desses eletrônicos. Sem o imposto, o consumidor pagaria pelo MP3 apenas R$ 135,98.

"A tributação varia conforme a importância dos produtos. O governo acha interessante que eletroeletrônicos tenham carga tributária maior que remédios e produtos da cesta básica", explica o presidente do IBPT, João Eloi Olenike. O tributarista afirma que, mesmo com novo governo, não há perspectiva do cenário mudar, pois não há interesse político.

A dica para os pais é pesquisar muito os preços dos presentes antes de comprá-los, mesmo o percentual de imposto sendo igual. Ele acrescenta que muitos consumidores não têm ideia da quantidade de tributos que desembolsam. "É preciso ter consciência do que pagamos e cobrar dos governos que esses valores retornem como benefícios para a sociedade."

Além dos eletrônicos, o tênis importado, o patins e a bola de futebol também estão entre os maiores alvos do Leão, que é responsável por 58,59%, 52,78% e 46,49%, respectivamente, do valor de cada um desses produtos.

Neste ano os computadores tiveram pequenas alterações nos percentuais de tributos em função de ajustes nas margens de lucro. O produto com valor até R$ 3.000 teve acréscimo, passando de 24,30% para 25,50%. Já aqueles acima de R$ 3.000, ocorreu leve queda de 33,62% para 32,81%.




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