Política Titulo TERRORISMO
Ataques a Bruxelas deixam 34 mortos e mais de 200 feridos

Aeroporto e estação de Metrô foram alvos de 3 explosões; Estado Islâmico reivindica autoria

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
23/03/2016 | 07:00
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O terror voltou a assustar a Europa ontem. Ataques ao aeroporto e estação de Metrô da capital belga, Bruxelas, mataram 34 pessoas e feriram mais de 200, segundo o governo local. O grupo terrorista Estado Islâmico, que já havia promovido atentado que vitimou 130 em Paris, em novembro, reivindicou a autoria das ações.

As primeiras duas explosões ocorreram na manhã de ontem no principal aeroporto da cidade, perto dos balcões do check-in, por volta das 8h (hora local, madrugada no Brasil). Cerca de uma hora depois, outra explosão atingiu a estação de Metrô de Maelbeek, que fica bastante próxima de prédios da União Europeia em Bruxelas.

Há quatro dias, o principal suspeito dos ataques a Paris, Salah Abdeslam, foi preso no bairro de Molenbeek-Saint-Jean, que é 80% formado por pessoas de origem árabe e foi considerado centro de operações de redes de terrorismo, por abrigar diversos simpatizantes que se uniram aos combatentes islamitas da Síria. A localidade, inclusive, já havia sofrido buscas por outros integrantes da célula terrorista.

Ontem, poucas horas após o atentado, o brasileiro Arthur Oyama, 29 anos, ex-jogador do Santo André e atualmente no Sporting Lokeren, time que fica a 60 quilômetros de Bruxelas, tentava tranquilizar a família através das redes sociais. Em entrevista ao Diário, ele falou sobre como estava o clima na Bélgica desde os ataques a Paris e apontou: “Tem um sentimento de ‘eu já sabia’.”

“As semanas após os atentados de Paris foram tensas, porque todos sabiam que foi desse bairro muçulmano Molenbeek que os ataques foram planejados. E que o líder estava se escondendo lá desde então”, contou. “Tivemos até jogos cancelados. Recentemente já estava tudo mais calmo, mas sempre soubemos que o país corria risco. E hoje (ontem) acordei com as notícias. O que soube de amigos de Bruxelas é que todos estão sendo aconselhados a ficarem onde estão. Está todo mundo apreensivo”, emendou o atleta.

Segundo ele, situações como as de ontem o fazem repensar a permanência na Europa. Mesmo assim, apesar de estar em fim de contrato com o Lokeren, espera por oportunidades para seguir no Velho Continente. “Sempre pensamos na família. Mas não penso em voltar. Não podemos parar de viver a nossa vida em função desses terroristas. Tenho certeza que o bem vai vencer, apesar de tanta gente inocente pagar o preço”, declarou. 




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