Política Titulo Eleição
Atila confirma candidatura em Mauá

Deputado estadual garante que população saberá
diferenciar apoio ao PT em 2012 de novo projeto

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
18/10/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Terceiro colocado na disputa pela Prefeitura de Mauá em 2012, o hoje deputado estadual Atila Jacomussi (PCdoB) anuncia oficialmente que voltará a disputar o Paço em 2016. Ao Diário, o parlamentar minimizou o fato de ter apoiado o atual prefeito, Donisete Braga (PT), no segundo turno do pleito passado e, em seguida, integrado a gestão petista. “Foi um acordo político de convergências de ideias entre os nossos planos de governo”, discorre.

Atila foi superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), nos dois primeiros anos do governo Donisete. O comunista deixou a autarquia em fevereiro de 2014 para disputar cadeira na Assembleia Legislativa. O comunista argumenta, entretanto, que o rompimento com o governo se deu por escolha do próprio prefeito, depois de o petista decidir modificar a gestão do abastecimento de água, feita pela Sama, por meio de PPP (Parceria Público-Privada). “Não foi o nosso grupo que rompeu com o Donisete. Naquele momento, ele queria reconfigurar o governo dele, como fez com várias Pastas. O prefeito queria um horizonte mais limpo para que enxergasse sua reeleição e achou melhor reestruturar a Sama, propondo uma PPP”, considera.

De acordo com o deputado, permanecer à frente da autarquia durante os quatro anos da gestão estava no acordo selado em 2012. “Nosso grupo traçou meta de trabalho na Sama e que, por esse entendimento do Donisete, acabou sendo interrompida. Então, não tinha por que o nosso grupo permanecer com o governo do PT. Não fomos nós que rompemos (a aliança)”, acredita. “Isso (PPP da Sama) caiu como uma bomba, pois tínhamos uma meta dentro da empresa (pública)”, completa.

Paralisada por determinação do TCE (Tribuna de Contas do Estado). a PPP da Sama foi idealizada pelo governo Donisete como alternativa à solução dos problemas no abastecimento de água da cidade, que sofre frequentes interrupções. Recentemente, o prefeito admitiu estudar a possibilidade de entregar a gestão do serviço à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) em troca de forte volume de aporte na cidade.

Questionado se sua passagem pelo governo petista prejudicaria discurso de candidato da oposição, Atila cita a vitória em 2014 . “A população aprovou nossa passagem pela Sama, tanto que tive 38.858 votos em Mauá (para deputado estadual)”, argumenta. O comunista refuta possível acordo com Donisete no primeiro turno do páreo de 2016. O deputado também contesta os rumores de que o vereador Admir Jacomussi (PRP), seu pai, cogita ingressar no PTB para ocupar a vaga de vice na chapa governista de Donisete. “Pretendemos fazer em breve plenárias de discussão de políticas públicas e, a partir daí, vamos começar a desenhar nosso plano de governo”, diz.

A um ano da eleição municipal, Atila já conta com pelo menos cinco partidos próximos a fechar ingresso no futuro arco de alianças do comunista: PRP, PR, PTN, PEN e PSL. Na última sondagem de intenção de votos feita pelo DGABC Pesquisas, publicada em agosto pelo Diário, Atila ficou numericamente em segundo lugar, com 25%, atrás da também deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), 25,3% – empate técnico. Foi o candidato que registrou maior crescimento entre os prováveis postulantes ao Paço mauaense desde o penúltimo levantamento, feito em fevereiro.

Vereador por dois mandatos (2005 a 2008 e 2009 a 2012), Atila recebeu 62.836 votos para deputado estadual em 2014. 




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