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PMDB de Diadema bate cabeça por vice de Reali
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
23/10/2011 | 07:24
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O PMDB de Diadema está dividido quanto ao posicionamento do partido para a eleição de 2012. Setores da legenda defendem que a sigla pressione o prefeito Mário Reali (PT) para indicar o vice na chapa governista. Outras alas querem a manutenção da aliança com o PT, independentemente da negociação para a vice.

A maioria da legenda sustenta que o PMDB precisa compor a chapa de Reali. Os peemedebistas são aliados tradicionais do PT na cidade - desde a gestão de José de Filippi Júnior (PT) - e usam a fidelidade como trunfo para desbancar o atual vice-prefeito, Gilson Menezes (PSB), na corrida pelo anúncio oficial.

Entre os defensores do aumento de espaço do PMDB no governo está a vereadora Cida Ferreira (PMDB). A parlamentar afirmou que a filiação do colega de Câmara Edmilson Cruz e do ex-vereador Orlando Anníbal encorpou a legenda. "Como nosso peso cresceu, estamos trabalhando para que sejamos ou cabeça de chapa ou vice. Não é uma definição que será feita agora. É um processo de discussão, mas nossa candidatura está na mesa."

O pensamento é compartilhado pelo presidente licenciado do PMDB na cidade, José Eduardo Rosário Santos. O dirigente, afastado do comando da sigla por problemas particulares, disse que o PMDB será protagonista no ano que vem.

O mandatário internino do partido, Waldir Salin Lopes, integra a ala mais comedida. Lopes consentiu com a orientação federal do PMDB de ter candidatos majoritários em cidades com mais de 200 mil habitantes, mas condicionou a indicação peemedebista à vontade de Reali.

Publicamente, Reali tem defendido a manutenção de Gilson. A avaliação é que o socialista seria o único nome capaz de agregar todas as legendas aliadas. Mas agremiações governistas exigem discussões na indicação do vice, principalmente por conta do partido que Gilson está filiado. O PSB sempre foi adversário do PT no município. O presidente municipal da sigla, Manoel José da Silva, o Adelson, disputou duas eleições como vice do tucano José Augusto da Silva Ramos, adversário histórico do PT.

O apoio declarado de Reali a Gilson não tem sido bem digerido entre os situacionistas. Cida afirmou que o petista sustenta seu vice para não gerar instabilidade no bloco governista às vésperas da eleição. Porém, pede que a indicação seja feita com consulta ampla aos aliados. "É algo que precisa ser bem estudado, muito bem articulado e estruturado. Porque se isso não acontecer vai trazer problema para o Mário e a outros partidos da base."

 

Michels mira Laércio para dividir chapa rumo à Prefeitura

 

O vereador e pré-candidato ao Paço de Diadema pelo PV, Lauro Michels, tenta fazer com que sua campanha não seja isolada. Para isso, pensa em contar com o presidente da Câmara, Laércio Soares (PCdoB), como vice.

 "O Laércio seria um grande vice. Agrega experiência", afirmou o verde. Em dezembro do ano passado, Michels - então no PSDB - foi um dos vereadores que articularam a vitória do comunista na disputa pela presidência do Legislativo.

Laércio, que também é cotado para ser vice de Reali, garantiu que não foi procurado por Michels. Mas comentou que a candidatura do verde é "interessante". "Ele é o candidato que tem mais espaço para crescimento. Além disso, o Lauro é meu amigo, me ajuda muito na Câmara."




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