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Universidades da região investem em pesquisa
Deborah Moreira
Do Diário do Grande ABC
24/10/2010 | 07:23
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Conquistar, e manter, o status de universidade já motiva instituições de Ensino Superior da região a investir em pesquisa. A tendência foi acelerada pela nova norma instituída pelo MEC (Ministério da Educação) que exige o mínimo de quatro mestrados e dois doutorados a partir de 2016. Parece distante, mas o alto custo da implantação de cursos de pós-graduação stricto sensu, na casa dos milhões de reais, exige urgência e planejamento.

A Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), com campus em São Bernardo, gasta R$ 9,5 milhões ao ano para manter seus seis mestrados e dois doutorados em funcionamento. Se a norma valesse hoje, seria a única privada a cumpri-la. Com isso, a região perderia todas as outras entidades particulares que se autodenominam universidades.

A FEI (Fundação Educacional Inaciana), em São Bernardo, constituída como Centro Universitário (onde não há obrigação de investimento em pesquisa), aguarda autorização da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) de três doutorados baseados nos programas já existentes de mestrado em Administração, Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica; e outros cursos de mestrado devem ser lançados nos próximos anos.

Fábio do Prado, reitor da FEI, explicou que as atividades são resultado de uma discussão realizada nos últimos 10 anos com objetivo de se tornar universidade e, assim, conquistar mais autonomia, já que o título confere à instituição diversas possibilidades como criar cursos de graduação e vagas sem a necessidade de autorização dos órgãos competentes. "Não é algo forjado. Não nos balizamos nos números exigidos pelo MEC. É uma competência que vem sendo desenvolvida há algum tempo", explicou o reitor.

Já a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) tem 65 programas de pós-graduação stricto senso e 89 mestrados profissionalizantes, incluindo o novo implantado neste ano no Campus Diadema, Biologia Química. Outros dois aguardam autorização, Ecologia e Evolução e Ciência e Tecnologia da Sustentabilidade.

Tanto o acadêmico da FEI, quanto outros reitores e pró-reitores de pós-graduação ouvidos pelo Diário, afirmaram que há carência de mestres e doutores no mercado, seja na indústria, seja nas salas de aula.

 

 




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