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Reforço de caixa do BNDES custará R$ 187 bi ao Tesouro
Da ABr
10/05/2010 | 07:04
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As ajudas concedidas pelo governo federal ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) custarão R$ 187,8 bilhões ao Tesouro. A maior parte desse valor veio do empréstimo de R$ 180 bilhões em títulos federais, mas outras medidas tomadas recentemente ampliaram o limite de empréstimos do banco com custo bem menor: R$ 7,8 bilhões.

Na semana passada, o Tesouro emitiu R$ 5,8 bilhões em títulos federais para o BNDES. A operação concluiu o empréstimo de R$ 180 bilhões concedido à instituição financeira em sucessivas parcelas desde o início do ano passado.

Nesse tipo de operação, o governo transfere os papéis para o banco, que os revende no mercado conforme a necessidade e aumenta o próprio capital. Em troca, a instituição terá de devolver os recursos com correção.

Por se tratar de um empréstimo da União a uma estatal, o repasse para o BNDES não tem impacto na dívida líquida do setor público, que leva em conta o que o governo tem a pagar e a receber. Os R$ 180 bilhões, no entanto, têm impacto na dívida bruta, que registra apenas o que o governo tem a pagar.

As demais operações que reforçaram a capacidade de empréstimos do banco seguiram mecanismos diferentes. Há duas semanas, uma medida provisória ampliou em R$ 80 bilhões o limite do PIS (Programa de Sustentação do Investimento), que financia a compra de bens de capital, como máquinas e equipamentos.

Nesse caso, os R$ 80 bilhões já estavam no orçamento do BNDES, mas não podiam ser emprestados, porque o Tesouro precisava cobrir os juros subsidiados da linha de crédito, entre 3,5% e 7% ao ano.




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