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Auricchio garante o 10º Congresso

10º Congresso de História do Grande ABC será missão prioritária do futuro presidente da Fundação Pró-Memória

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
08/02/2009 | 00:00
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10º Congresso de História do Grande ABC será missão prioritária do futuro presidente da Fundação Pró-Memória.

A reabertura do Museu de São Caetano.

Inovar o estudo da memória, abrir a fundação, democratizar.

Até finais de fevereiro serão feitas todas as nomeações na Pró-Memória e Museu Municipal.

A revista Raízes é definitiva. Será modernizada já no seu número de julho.

Foi uma entrevista exclusiva de 45 minutos, 30 dos quais gravados. E o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, na tarde da quinta-feira, no Palácio da Cerâmica, deixou claro que a memória é vista com muito interesse pela sua administração. Mesmo assim, não escondeu que desconhecia o rodízio iniciado em 1990 entre as sete cidades para a realização, a cada dois anos, do Congresso de História do Grande ABC. Também desconhecia que, pelo rodízio, o 10º Congresso de História do Grande ABC será realizado neste ano em São Caetano.

Auricchio soube do 10º Congresso na véspera da entrevista, por meio da pauta que lhe entregamos via assessoria de imprensa. Por isso fez muitas perguntas: o congresso é rotativo? É neste ano que será feito em São Caetano? Qual a sua dimensão? Tem um mês definitivo para ser realizado? Qual é o seu tamanho?

Diante das explicações do repórter - de que o Congresso de História do Grande ABC nasceu de sugestão do professor José de Souza Martins; que é regional sem deixar de trazer estudiosos de outras cidades; mescla acadêmicos e não-acadêmicos; tem a participação importante do Gipem e dos órgãos oficiais da sete cidades que cuidam da memória - o prefeito declarou:

1) Vamos honrar o rodízio e realizar o 10º Congresso de História do Grande ABC. Será a missão prioritária para o novo presidente da Fundação Pró-Memória.

2) O orçamento estabelecido pelo ex-presidente, Glenir Santarnecchi foi zerado mas os recursos serão garantidos.

3) Vamos montar uma comissão para tratar do congresso.

Mas, e quem presidirá a Fundação Pró-Memória? Quem ficará à frente do Museu de São Caetano? Auricchio preferiu não adiantar nomes. Lembrou que a reforma administrativa realizada na Prefeitura estabeleceu que os equipamentos culturais, como as duas fundações - Pró-Memória e das Artes - ficarão subordinados à Secretaria de Cultura, recém-criada.

JUSTIFICATIVA
Antes da reforma administrativa, segundo o prefeito, a Diretoria de Cultura atuava com pouca possibilidade de ação, "por questões operacionais, orçamentárias, jurídicas e administrativas". Enquanto isso, as duas fundações - "importantíssimas, até com razoável orçamento" - atuavam integralmente autônomas, sem nenhuma interface e sem uma coordenação única de políticas públicas na área cultural.

A reforma administrativa estabeleceu que essa coordenação ficará afeta à Secretaria de Cultura, cuja primeira titular nomeada é Adriana Sampaio. Adriana é gestora pública. Foi coordenadora da Estação Jovem de São Caetano, que funciona em cima do terminal rodoviário. Atuou na Secretaria de Esportes e Turismo no tempo do governador Geraldo Alckmin , assessorou Andréa Matarazzo na Prefeitura de São Paulo e foi chefe de gabinete do deputado Turco Loco.

E os passos da Fundação Pró-Memória, que desde 1º de janeiro não tem presidente nem conselho? Auricchio entende que a Pró-Memória manterá sua linha, mas com mais abertura e democratização no estudo da memória.

Exemplificando:

1) Falta estudar a migração nordestina em São Caetano.

2) É necessário observar as profissões que fundamentaram o crescimento da cidade, que passa pelo estudo da história das famílias tradicionais, mas com um viés de maior publicidade das atividades e da vida empreendedora das famílias. Não basta um estudo genealógico.

3) É preciso estabelecer um processo de abertura da Pró-Memória. Buscar estudos que de fato registrem e, mais do que isso, que tragam os resultados dos estudos para a cultura do público.

4) É provável que o próximo número da revista Raízes, previsto para julho, já venha com nova cara. "Não vou garantir. Isso tem que passar pelo conselho".

E o Museu Municipal de São Caetano? Criado em 1958, fechado em 1959, reaberto em 1977, voltou a fechar em 1º de janeiro de 2009. Há 40 dias não tem ninguém trabalhando no museu. O antigo Palacete Denardi está fechado? Terá futuro do Museu de São Caetano?

Prefeito responde:

1) O espaço do museu está conservadíssimo. Tivemos cuidados de manutenção do espaço no fim do ano passado.

2) Ele será reaberto assim que tiver um novo curador, a ser escolhido em comum acordo com o novo - e futuro - presidente da Pró-Memória.

3) Existe um sonho de se ampliar o museu, com a construção de um anexo ao lado para a instalação definitiva da Fundação Pró-Memória. Tivemos até um estudo arquitetônico na gestão passada. A dificuldade é o financiamento.

PRAZOS
Os nomes dos presidentes das fundações Pró-Memória e das Artes devem ser anunciados a qualquer momento. E até o fim deste mês todos os nomes de direção dos organismos culturais deverão estar definidos e anunciados.

EM SÍNTESE
Na linha pública municipal foi isso que conversamos com o prefeito Auricchio. Mas há mais matérias, que passam pela placa desaparecida com os nomes dos líderes autonomistas e pela estátua em madeira do santo Caetano, esculpida por Agenor, que definha. Mais ainda: no dia 2 de fevereiro o prefeito de São Caetano foi eleito presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Imaginem a importância do cargo também para a construção da memória regional.

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