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Sob pressão, Brasil desafia Dinamarca

Mano Menezes escala base olímpica no primeiro de quatro amistosos previstos com a Seleção

Por das Agências
26/05/2012 | 07:00
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Aos olhos dos torcedores a partida de hoje, às 10h30 (de Brasília) contra a Dinamarca, na Imtech Arena, em Hamburgo (Alemanha), é apenas mais um duro teste na preparação para os Jogos Olímpicos de Londres, em julho. Mas, para Mano Menezes, o duelo não tem nada de amistoso. Sob pressão, o treinador encara o duelo como outra chance para mostrar que merece permanecer no comando da equipe canarinho.

A missão, porém, não será nada fácil. O técnico segue colecionando baixas em relação ao time que considera ideal para essa etapa da preparação. Ele havia perdido o lateral-direito Daniel Alves, do Barcelona, e o meia Ganso, do Santos, por contusão, e ontem soube que também não poderá contar com o zagueiro do Chelsea David Luiz (lesão na coxa direita), que também foi cortado - o treinador avisou que não chamará substituto.

O atacante Alexandre Pato, do Milan, ainda em busca de melhor forma física, segue no grupo, mas não enfrenta a Dinamarca. Além disso, Neymar, que seria titular, só se apresenta ao treinador amanhã por conta do compromisso que teve com o Santos quinta-feira pela Copa Libertadores.

Certamente, independentemente do resultado, Mano Menezes não será demitido após o jogo contra a Dinamarca, até porque o Brasil terá mais três amistosos nos próximos dias, todos disputados nos Estados Unidos - contra os anfitriões, quarta-feira, México, dia 3 e Argentina, dia 9. Mas uma derrota diminui ainda mais a confiança do grupo.

O treinador evita falar abertamente da ameaça de demissão, mas adota postura defensiva como se estivesse temendo outros resultados ruins. "Precisamos ter muitas conversas detalhadas com esse grupo porque a formação que estamos utilizando é nova e que você coloca em campo após treino de apenas 30 minutos. Temos que fazer mais conversando do que treinando", comentou Mano Menezes.

Na única atividade que comandou na Alemanha, o técnico apostou em ataque rápido com Lucas, Oscar, Hulk e Leandro Damião. Sandro e Rômulo compõem o meio de campo. "Estamos utilizando o Lucas e o Hulk pelas beiradas. Eles podem fazer alternâncias, com variantes na movimentação do Oscar. Precisamos estar prontos para fazer a assistência para o Damião, que precisa receber essa bola com qualidade", cobrou o treinador.

Do time que Mano mandará a campo hoje contra a Dinamarca, sete jogadores têm idade olímpica (não ultrapassam os 23 anos antes do início dos Jogos): Danilo, Juan, Sandro, Rômulo, Oscar, Lucas e Leandro Damião. A equipe será completada por Jefferson, Thiago Silva, Marcelo e Hulk.

DINAMARCA

Os dinamarqueses entram em campo de olho na preparação para a Eurocopa, que começa dia 8. O técnico Morten Olsen elogiou o potencial brasileiro. "Estamos felizes de jogar contra o Brasil. Escolhemos eles especificamente porque são muito fortes tecnicamente e queremos medir nossa qualidade. Será bom para nos colocar sobre pressão", comentou o treinador.


Zagueiros lutam contra falta de ritmo de jogo

Seguramente o ponto crítico da Seleção Brasileira hoje será a defesa. Sem David Luiz, o técnico Mano Menezes teve de recorrer ao jovem Juan que, desde fevereiro, quando foi contratado pela Internazionale, fez apenas uma partida pelo time principal. Para piorar, Thiago Silva, que compõe o setor, não joga há quase dois meses após lesão na coxa.

"Não podemos ficar reclamando dos desfalques porque são coisas pertinentes ao futebol. O Juan pode ser estreante, mas estará ao lado do Thiago, que é experiente e poderá passar tranquilidade a ele", comentou Mano Menezes.

Como preferiu não convocar ninguém para a vaga de David Luiz, a única opção que resta para o treinador no banco de reservas é Bruno Uvini, que passou meses encostado no Tottenham, da Inglaterra, antes de voltar ao São Paulo na semana passada.

Revelado nas categoria de base do Internacional, Juan comemora a oportunidade de estrear na equipe principal da Seleção Brasileira, apesar do momento delicado.

"Foi uma surpresa, pois as coisas estão acontecendo rápido. Mas sempre atuei em categorias acima da minha e agora quero aproveitar a oportunidade. Gosto de jogar simples, tento sempre me impor. Se precisar dar chutão, vou dar", garantiu o jogador, que foi titular na campanha que rendeu o pentacampeonato mundial para a Seleção Sub-20, em agosto de 2011.




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