Política Titulo Mauá
Barthasar fica na corda bamba depois de ironizar vereadores

Fala de secretário de Alaíde desagrada Câmara, que ameaça governabilidade se não houver corte

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
24/08/2019 | 07:00
Compartilhar notícia


O secretário de Relações Institucionais de Mauá, Paulo Barthasar (PSL), está com os dias contados no governo da prefeita Alaíde Damo (MDB). Declarações recentes feitas por ele em relação à situação jurídica dos vereadores irritaram os parlamentares, que ameaçam minar a governabilidade da emedebista caso o secretário não seja exonerado do cargo nos próximos dias.

Em recente reunião entre secretários, Paulo Barthasar, que é policial militar, ironizou o fato de os parlamentares serem investigados – em dezembro, foram alvo da Operação Trato Feito, da Polícia Federal, acusados de receber Mensalinho do hoje prefeito cassado Atila Jacomussi (PSB) em troca de apoio político no Legislativo. As falas chegaram aos ouvidos dos parlamentares, que avisaram Alaíde de que nenhum projeto do governo passará na casa se Barthasar não deixar o cargo.

Na tentativa de apagar o incêndio, a prefeita reuniu Barthasar ontem em seu gabinete com o presidente da Câmara, Vanderley Cavalcante da Silva, o Neycar (SD), e o líder do governo Adelto Cachorrão (Avante). No encontro, Barthasar deu suas explicações aos parlamentares e Alaíde incumbiu Cachorrão de transmitir os argumentos do secretário aos demais parlamentares no intuito de apaziguar a situação. Vereadores ouvidos pelo Diário, contudo, acreditam que a situação é irreversível e que aguardarão a demissão do secretário.

Barthasar afirmou que Neycar e Cachorrão pediram sua demissão a Alaíde na própria reunião. “Eu expliquei aos vereadores o que aconteceu, foi uma brincadeira. Não teve pedido de desculpas porque não fiz nada de errado. O que acabei falando foi uma piada na sequência de uma brincadeira que já haviam feito (na reunião de secretários)”, explicou Barthasar, que tem o nome ventilado como possível candidato ao Paço no ano que vem. “Uma piada isolada não seria suficiente (para derrubá-lo do cargo). Não sei qual é o viés que estão usando desse episódio”, destacou, ao sugerir possível perseguição política. “Os vereadores não têm de se preocupar sobre o que eu estou pensando, mas com o que a população pensa.”

Neycar e Cachorrão não retornaram aos contatos do Diário para comentar o caso. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;