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Quadrilha formada por policiais é presa em Alagoas
Por Do Diário do Grande ABC
08/01/2000 | 17:32
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A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas conseguiu prender três integrantes de uma quadrilha formada por policiais militares, agentes penitenciários e ex-policiais civis e militares, neste sábado. Eles sao acusados de cometer dez crimes de pistolagem em Alagoas e Pernambuco.

Os presos sao os agentes penitenciários Damiao Alves da Silva e Dorgival Silva de Barros e o ex-policial militar Nilton Lira da Silva, que foram recolhidos ao presídio de segurança máxima Baldomero Cavalcante, em Maceió.

Segundo o delegado Joao Mendes, responsável pelas investigaçoes, a quadrilha é comandada pelo proprietário do hotel Maceió Palace, Moisés José de Almeida, e pelo policial militar Amabílio Loureiro Neto, e dela faziam parte os PMs Fernando Florentino Ferreira, José Cristovao Paulino dos Santos e Jezane Carmelo de Lima e Silva

A quadrilha tinha uma tabela de preços e atuava em Alagoas e Pernambuco. Os valores cobrados pelos crimes variavam de acordo com o motivo da morte, o trabalho ou a funçao da pessoa que seria executada e os riscos da operaçao. Pela tabela a morte de um trabalhador rural poderia custar até R$ 2 mil, um fazendeiro, dependendo da condiçao financeira, podia ser executado por R$ 8 mil. Além disso, o grupo tinha uma tabela especial para a execuçao de trabalhadores com causas na Justiça contra patroes, políticos e servidores públicos.

O delegado Joao Mendes, ex-secretário de Segurança de Alagoas, já tem uma relaçao de sete crimes cometidos pela quadrilha, mas a expectativa é que os três integrantes do grupo, presos no Baldomero Cavalcante, revelem o envolvimento em outros.

``Até agora já temos certeza do envolvimento da quadrilha com as mortes do fazendeiro Senildo Soares da Silva em uma emboscada na cidade de Sao Bento do Una, em Pernambuco, do fiscal da prefeitura de Maribondo (AL), Francisco Pinheiro da Silva e do frentista conhecido como Chical, funcionário de um posto de combustível no município de Messias (AL). O grupo também é responsável pela morte Antônio Carlos da Silva, que ameaçava deixar a quadrilha, mas foi assassinado antes que cumprisse a promessa.




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