A dúvida, no entanto, é quem irá tocar o processo de licitação e execução da obra. Pelo convênio inicial estabelecido entre as três partes, a incumbência seria de São Caetano. Porém, em maio último, houve alteração a pedido do prefeito Luiz Tortorello para que o Estado assumisse a responsabilidade, uma vez que o governo está construindo o primeiro piscinão da cidade na mesma área. A Prefeitura de São Paulo não aceitou a alteração nem assinou o convênio.
Sem a ponte, a única alternativa é uma passarela de pedestres montada pela Prefeitura de São Paulo. “A passarela era provisória, mas está lá quase há dois anos. Por sinal, a despesa mensal, entre R$ 6 mil a R$ 7 mil, ficou por nossa conta”, afirmou Ricardo Rezende, chefe de gabinete da Siurb (Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana).
Quanto ao impasse, Rezende disse que a lei aprovada na Câmara prevê o repasse de recursos para São Caetano. “Caso a obra seja executada pelo Daee, teremos de fazer um novo projeto de lei e encaminhá-lo para o Legislativo. Ou seja, haverá um trâmite burocrático que demandará mais tempo. Sem falar que existem outros projetos na frente para serem votados por 55 vereadores”, afirmou o chefe de gabinete da Siurb. A administração petista foi a última a aprovar, no dia 30 de outubro de 2003, a lei que autorizava a celebração do convênio. São Caetano aprovou em agosto.
O diretor de Obras da Prefeitura de São Caetano, Julio Marcucci Sobrinho, não entende dessa forma. “A lei aprovada permite que o convênio seja aditado, sempre que assim determinar o interesse público. Para São Paulo, também nada muda”, afirmou. Nesta segunda, ele encaminhou dois ofícios, via fax, para representantes dos dois governos, agendando uma reunião.
“Estaremos presentes. É assunto prioritário”, afirmou o superintendente do Daee, Ricardo Daruiz Borsari. “Para nós, é absolutamente indiferente quem vai executar as obras. O importante é que os recursos estão assegurados”, afirmou.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.