Política Titulo Diadema
Lauro descarta voltar às urnas na eleição de 2022

Ex-prefeito alega que quer se dedicar à família e refletir sobre futuro político

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
25/01/2021 | 00:08
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O ex-prefeito Lauro Michels (PV), de Diadema, descartou voltar às urnas na eleição de 2022. O verde saiu do cenário político depois de exercer dois mandatos consecutivos como vereador e, mais recentemente, de governar a cidade nos últimos oito anos. Lauro alega que o momento é de “reflexão” e de cuidar da família.

“(Disputar a eleição de) 2022, por enquanto, está descartado. O futuro do Lauro agora é pensar um pouco, organizar sua vida. Eu tenho 38 anos e dediquei 16 deles para a vida pública. Então, um quarto da minha vida praticamente me dediquei a servir o próximo. E com esse intuito preciso pensar um pouco, porque preciso olhar um pouco para mim, para as minhas filhas (Giovanna e Vitória), para a minha vida e fazer uma reflexão sobre o que realmente eu quero. Eu faço política como propósito, não como um emprego”, declarou Lauro, ao Diário, no dia 1º, ocasião em que deixou de lado a histórica rivalidade com o PT e foi o único prefeito da região a transmitir o cargo pessoalmente ao sucessor, no caso, um velho conhecido da cidade: José de Filippi Júnior (PT).

Lauro, hoje com 38 anos, foi eleito prefeito pela primeira vez em 2012, aos 30, quando interrompeu a sequência de 12 anos de gestões petistas ininterruptas. Nos oito anos anteriores, exerceu mandato de vereador, pelo PSDB. Em sua primeira eleição, em 2004, foi o parlamentar eleito mais jovem do Grande ABC – tinha 22 anos na época – com 1.792 votos. No pleito seguinte, praticamente dobrou sua votação e foi reeleito (3.492 sufrágios). Na eleição de oito anos atrás, virou o jogo no segundo turno e venceu o PT com a inédita – e até os dias atuais, recorde local – marca de 145.084 votos.

Na disputa à reeleição, em 2016, viu seu desempenho eleitoral ser arranhado após quatro anos de tropeços na área da saúde, somado a um pleito marcado pela crescente rejeição à política – naquele ano, a Operação Lava Jato mirava a classe política e o Brasil assistia ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), segunda cassação de um presidente desde a redemocratização. Contudo, Lauro saiu vitorioso no segundo turno, com 113.585 votos. Em 2018, em meio a divergências em torno da escolha de um nome para representar o governo nas disputas federal e estadual, surgiu no bastidor movimento para que o próprio prefeito renunciasse ao posto e tentasse mandato de deputado. Não vingou.

Lauro deixou o comando do Paço no dia 31 depois de nem sequer chegar perto de eleger o sucessor, já que o escolhido, o então vereador Pretinho do Água Santa (DEM) parou no primeiro turno em quarto lugar, com 10,11% dos votos válidos (20.524). Na eleição de 2022, seu antigo aliado, o hoje deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos), buscará se reeleger – Márcio foi vice de Lauro, candidato à Assembleia com suporte do governo, mas rompeu depois de se recusar a ser o prefeiturável no ano passado.

Neste ano, fora da cadeira de prefeito, Lauro tem postado vídeos nas redes sociais em que aparece com a família, descontraído e desapegado de formalidades. 




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