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Ferramentas & ferramenteiros...
Por Ademir Medici
27/12/2018 | 07:00
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Apesar de todas as queixas dos brasileiros quanto à negligência nacional pela história, pela experiência que tive, só posso elogiar os servidores públicos responsáveis pelos arquivos ativos das muitas instituições em que pesquisei em 1981 e 1982. John French, historiador norte-americano, em entrevista à Revista do Arquivo Público do Estado de São Paulo, edição nº 6, 2018.

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Nota – French passou largo tempo deste mês de dezembro entre o Grande ABC e São Paulo. Visitou o Diário e o Banco de Dados do jornal, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o Museu de Santo André Dr. Octaviano Gaiarsa. Atualizou suas pesquisas sobre o Brasil e retornou à Carolina do Norte a tempo de passar o Natal ao lado dos familiares. Em 2019 ele virá outras vezes ao Brasil. E acompanha com interesse os preparativos para a realização do 15º Congresso de História do Grande ABC, previsto para 2020, do qual pretende participar.

Lembro-me de que, menino, anos 1940, eu acompanhei meu irmão, Luigi, marceneiro, à casa de um napolitano, na Rua Municipal, lado direito de quem sobe, meio do quarteirão entre as ruas Marechal Deodoro e João Pessoa (Centro de São Bernardo). Levávamos limas velhas e pedaços descartados de molas de veículos. Na nossa presença o velho aquecia-os numa pira até ficarem transparentes, dava-lhes a forma desejada e, em seguida, temperava-as em água fria.

Outras vezes, levávamos em São Caetano, onde fazia o mesmo um iugoslavo que, depois da Segunda Guerra, voltou para sua terra, iludido com o comunismo. Passados alguns anos, retornou ao Brasil como apátrida e buscava um meio de restabelecer sua carteira modelo 19, documento que, antes, lhe garantia permanência em todo o território nacional.

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Talvez, alguns antigos moradores da redondeza (Francisco Pinotti, o Jeta ou Odilon, filhos do Álvaro Madeira, Jeronimo Zanini, meus colegas no Grupo Escolar Maria Iracema Munhoz) se lembrem do napolitano. Nevino Antonio Rocco, advogado

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Excelente a notícia de que o Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa vai abrigar as ferramentas do Sr. Natalino Vertematti e numa possível exposição circulante por outros museus do Grande ABC ou espaços congêneres.

Acrescento. Pelo que me lembro da manifestação do filho, Flávio Vertematte, ele gostaria que as ferramentas do pai ficassem definitivamente num museu. Alexandre Takara, professor

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Tenho minhas dúvidas sobre a possibilidade de as ferramentas do Natalino Vertematte serem expostas ao público. Nessa quinta (20 de dezembro), passei um e-mail para a Regina, mãe do (prefeito) Paulinho Serra, pedindo a interferência dela para instigá-lo a dinamizar o Museu (de Santo André Dr. Octaviano Gaiarsa); a impressão que passam é que estão sempre a nos fazer um favor, quer quando se pede para disponibilizar um documento, quer quando oferecemos itens para o acervo – duas pessoas muito ativas na preservação da memória andreense estão há mais de um ano aguardando respostas sobre aceitação de suas doações. Euclydes Rocco, arquiteto

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Interação com Facebook
O grande discurso do deputado silencioso

A vida real é uma louca e absurda ficção, com lances incríveis e tramas tão bem urdidas que deixam no sapato velho as grandes obras criadas pela genialidade da literatura.

Da crônica de Guido Fidelis publicada pelo Diário em 27 de dezembro de 1988. Confiram a íntegra no Facebook da Memória – acessem o endereço acima.

Municípios Brasileiros

Trinta e três municípios de Minas Gerais celebram aniversários hoje, entre os quais Antonio Carlos, Delfim Moreira, Toledo e Virgem da Lapa

Em São Paulo, Espírito Santo do Pinhal, Fernão, Gavião Peixoto, Salto Grande, Tapiratiba e Trabijú

Diário há 30 anos

Terça-feira, 27 de dezembro de 1988 – ano 31, edição 6946

Manchete – Trem da alegria faz São Bernardo gastar mais 20%

A política de reenquadramento do funcionalismo de São Bernardo poderá ter um impacto de 15% a 20% a mais na folha de pagamento da Prefeitura, disse o assessor da Secretaria de Finanças, Orlando Pintaudi Filho.

São Caetano – 1 – O prefeito Walter Braido entrega as novas dependências do Museu Municipal, localizadas no bairro Fundação, no Palacete De Nardi, que começará a funcionar em 28 de dezembro.

Nota – O Palacete De Nardi foi restaurado pela própria Prefeitura, sob a orientação do Condephaat, órgão estadual de preservação histórica. Até então o Museu de São Caetano funcionava no Bosque da Vila São José.

São Caetano – 2 – Braido inaugurará também a Escola Municipal Integrada do bairro Barcelona.

São Caetano – 3 – Em entrevista ao jornalista Rafael Guelta, Walter Braido diz que, ao término do mandato, em 31 de dezembro, vai pendurar as chuteiras e voltar ao comando da sua indústria de produtos químicos.

Cultura & Lazer – PT, novas ideias, velhos chavões. A futura secretária de Educação e Cultura, Marilena Nakano, chega com propostas originais, mas escorrega nos conceitos sobre arte e política.

Em entrevista a Antonio Prada e Reinaldo Azevedo, fotografada por Mauricio Pavan, Marilena destaca pontos como:

Criação de oficinas de produtos culturais;

A distinção entre o popular e o elitista;

Preocupação excessiva com o processo coletivo de produção artística.

Santos do Dia

João Evangelista. Filho de Zebedeu, irmão de Thiago e discípulo de Jesus. Foi um dos apóstolos que acompanharam fielmente Jesus nos vários momentos, desde o batismo à prisão e à crucificação.

Fabíola

Teófanes

Em 27 de dezembro de...

1918 – A Companhia Streiff de Santo André, município de São Bernardo, publica anúncio informando que a partir de 31 de dezembro de 1918, no Banco Nacional da Cidade de Nova York, será pago o cupom nº 1, dos juros de debêntures de seu empréstimo, a vencer naquele dia.

A guerra acabou. Do noticiário do Correio Paulistano: os neutros não serão admitidos na Conferência da Paz; presidente Wilson, dos Estados Unidos, chega a Londres.

Do noticiário do Estadão: a entrega dos submarinos alemães aos aliados; os transportes comerciais aéreos entre Nova York e Hamburgo.

1953 – Com grandes festividades, é inaugurada a igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, no bairro de Eldorado, em Diadema. A igreja foi construída pela Sociedade Amigos do Eldorado e abençoada pelo bispo de São Paulo, dom Paulo Rolim Loureiro. 




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