Política Titulo São Bernardo
Marinho peita Câmara e veta todas emendas ao Orçamento

Prefeito de São Bernardo rejeita inclusões que
foram adicionadas pelo G-9 e por oposicionistas

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
08/12/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), decidiu peitar a decisão da Câmara em aprovar a peça orçamentária do município no ano que vem com aproximadamente 80 emendas modificativas e elaborou projeto vetando todas as alterações incluídas pelos vereadores. A rejeição aos itens será votada amanhã pelos próprios parlamentares na última sessão do ano.

O Orçamento municipal, de valor estimado em R$ 5,1 bilhões, foi avalizado por unanimidade pelo Legislativo no dia 25, após a bancada de oposição e o G-9 (ala independente no Legislativo) incluírem itens ao texto elaborado por Marinho.

O chefe do Executivo demonstrou irritação com as inserções à matéria, que, segundo apurou o Diário, teriam ocorrido por falhas de comunicação do secretário de Governo, José Albino (PT), e do líder da administração petista na Casa, José Ferreira (PT), na negociação com o G-9. O bloco compõe a base de sustentação de Marinho, mas desde o início do ano atua de forma independente por discordâncias com a bancada do PT.

Um dos articuladores da ala, Rafael Demarchi (PSD) preferiu não polemizar em relação aos vetos do prefeito petista. No entanto, fez críticas ao modelo de gestão. “As plenárias de OP (Orçamento Participativo) vêm tirando a força dos vereadores na participação de planos para o bairro. Líderes de comunidade estão com mais espaço do que nós. Isso precisa mudar, porque o parlamentar sempre ajudou nesta questão e essa forma de administrar centraliza ações somente do Executivo”, opinou Rafael.

O G-9 apresentou documento com solicitação de 17 itens ao texto original. Entre as inclusões estavam verbas à criação de abrigo visando inclusão social no Riacho Grande, além de subvenções para a Marcha para Jesus (evento religioso) e Clube dos Escoteiros.

Pela oposição, Julinho Fuzari (PPS), autor de nove emendas, apontou autoritarismo do chefe do Executivo. “A postura do prefeito em vetar, sem ao menos dialogar, demonstra desrespeito com o trabalho dos vereadores, que estão presentes no cotidiano das ruas do município e observam inúmeras necessidades”, pontuou.

O popular-socialista solicitou entre suas emendas a construção de Pronto-Socorro 24 horas na região do pós-balsa. “O interessante será acompanhar o comportamento dos vereadores. Será que vão votar contra suas emendas apresentadas?”, indagou Julinho. 




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