O advogado de Glória, José Gerardo Grossi, incluiu na queixa-crime, como testemunhas, outros três outros ministros do STJ: Eliana Calmon Alves, Nancy Andrighi e Francisco Falcão Neto. A denunciante é filha do ministro do STJ Antônio de Pádua Ribeiro.
No texto apresentado ao STF, Glória relata que o ministro Medina começou a apresentar “atitudes suspeitas” no final de fevereiro, com “olhares pouco usuais, palavras de duplo sentido, insinuações”. A denúncia afirma que, em abril, Medina teria ido mais longe e pedido um beijo e abraços à advogada após um “olhar enlouquecido”, segundo a queixa-crime.
Glória começou a trabalhar como assistente de Medina em julho de 2001. Em respostas às insistentes investidas, ela teria respondido: “Ministro Medina, o senhor por acaso está me confundindo com as vagabundas das Minas Gerais?”. Na queixa-crime consta ainda que, após esse dia, o assédio diminuiu. Porém, em junho, ela foi novamente abordada, com o ministro dizendo claramente para ela, de acordo com o advogado da suposta vítima, que havia ficado excitado.
O jornal carioca informa em sua edição desta sexta de que há informações que Glória possui uma fita com gravações dos assédios. Por meio de sua assessoria, o ministro Paulo Geraldo Medina declarou que não faria comentários sobre o assunto.
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