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Ataque de grupo dissidente ameaça paz no Oriente Médio
Do Diário OnLine
Com AFP
30/06/2003 | 12:08
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Um ataque do grupo extremista palestino As Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, organização ligada ao movimento Fatah, de Yasser Arafat, matou nesta segunda-feira uma pessoa no norte da Cisjordânia. Primeiramente, havia a informação de que se tratava de um israelense. As últimas notícias revelam que o morto é um imigrante romeno.

As Brigadas não fazem parte do acordo de cessar-fogo de três grupos palestinos — Hamas, Jihad Islâmica e Fatah —, anunciado oficialmente neste domingo. Apesar de ter relações com o movimento Fatah, a organização não pertence à facção de Yasser Arafat.

As Brigadas não fazem parte do acordo de cessar-fogo de três grupos palestinos — Hamas, Jihad Islâmica e Fatah —, anunciado oficialmente neste domingo. Apesar de ter relações com o movimento Fatah, a organização não pertence à facção de Yasser Arafat.

Mesmo com o ataque, as Brigadas de Mártires Al Aqsa teriam se comprometido com a trégua, segundo um comunicado divulgado nesta segunda. “Nós nos comprometemos em respeitar a postura do movimento (Fatah), que pede para manter uma trégua temporária e condicional dos ataques antiisraelenses”, diz o texto. O grupo justificou o ataque como uma “resposta ao genocídio cometido por Israel e sua rejeição à trégua”.

O atentado, no entanto, ameaça o mapa da estrada, o plano de paz no Oriente Médio que prevê a construção de um Estado palestino até 2005. Israel sinalizou o comprometimento com o projeto de paz, com a retirada de suas tropas da Faixa de Gaza, posição inédita nos últimos dois anos, e estuda ainda a saída de Belém, na Cisjordânia.

Outros incidentes contra alvos israelenses aconteceram nesta segunda. Nenhum deles provocou mortes. Um foguete caseiro caiu em um posto militar israelense perto da colônia de Nevé Dekalim, no Sul da Faixa de Gaza. Outra unidade do Exército foi alvejada em Rafah, também em Gaza. Disparos atingiram ainda um dos postos de bloqueio das colônias de Gush Katif. Na Cisjordânia, soldados israelenses descobriram um cinturão de explosivos pronto para ser acionado no acampamento de refugiados de Tulkarem. Nenhum grupo se responsabilizou pelos ataques.

Do lado palestino, forças de Israel destruíram uma casa de um suposto ativista palestino, também em Tulkarem, norte da Cisjordânia. Segundo o texto da trégua dos grupos palestinos, a destruição de casas, a falta de liberdade de ir e vir dos palestinos e os ataques contra membros das organizações podem fazer com que o cessar-fogo acabe. As organizações não se pronunciaram sobre o caso.




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