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Governo estuda decretar feriado às segundas-feiras, diz Parente
Do Diário OnLine
25/05/2001 | 00:30
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O presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, ministro Pedro Parente, afirmou nesta quinta-feira que o governo estuda a possibilidade de decretar feriado às segundas-feiras durante o período em que durar o racionamento. Esta seria uma das alternativas com que o governo trabalha para evitar a realização de apagões generalizados.

A sugestão foi levada à comissão pelo Grupo Rede, que atribuiu a idéia ao professor da Universidade de São Paulo José Augusto Arantes Savasini. Segundo Parente, os benefícios que a medida pode trazer para o racionamento estão sendo analisados.

“Nós temos sempre que analisar do ponto de vista do objetivo da Câmara, que é o de assegurar a redução do consumo de energia elétrica. Estudos estão sendo realizados para evidenciar de fato se isso é uma coisa que pode levar a uma redução expressiva”, afirmou o ministro ao deixar reunião com o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Tourinho Neto.

O ‘feriadão’ permanente foi bem aceito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A entidade acredita que, desta forma, o racionamento seria menos desastroso do que com o acontecimento de apagões. Segundo a Fiesp, com o trabalho cancelado às segundas-feiras, fica mais fácil para as indústrias planejarem a produção.

Já os comerciantes anunciaram repúdio à determinação. As administrações dos shoppings não gostaram da idéia porque o ‘feriado’ significaria um dia a menos de faturamento na semana, quatro no mês e até 54 dias a menos no ano.

O comércio também avisou que um dia a menos de trabalho e, conseqüentemente, de faturamento na semana pode representar um aumento de 4% do índice de demissões no setor.

Banco de horas — As horas não trabalhadas durante as segundas-feiras do racionamento não deverão ser jogadas fora e os trabalhadores também não deverão sofrer o resultado no salário no final do mês. De acordo com a Fiesp, está senda estudada pelas indústrias a criação de um banco de horas, no qual ficariam acumuladas as horas dos ‘feriados’. Assim, quando o racionamento chegar ao fim, o tempo acumulado terá de ser compensado nos feriados reais do próximo ano.




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