Política Titulo Canal de reclamação
Câmara de Sto.André regulamenta implantação de ouvidoria interna

Sistema era exigência do TCE, que incluía medida em apontamentos

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
27/06/2020 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


A Câmara de Santo André avalizou na quinta-feira projeto de resolução que trata da estrutura e funcionamento de ouvidoria legislativa na casa. A proposta tem como objetivo viabilizar canal aberto – e sigiloso, quando requerido – junto à sociedade civil para recebimento de informações, denúncias e solicitações. A criação da ferramenta havia sido aprovada no fim do ano passado, mas faltava regulamentação dos termos de operação. A implantação do sistema era exigência do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que incluiu esse apontamento em parecer envolvendo rejeição de balancetes entre os itens atrelados à questão de transparência interna.

“Era uma das recomendações do tribunal. Embora tivéssemos o e-SIC (Serviço de Informação ao Cidadão) e fale conosco, a exigência era ferramenta específica, com poder independente. Importante dizer que não será criado nenhum cargo adicional com a implantação. E essa resolução disciplina as ações”, pontuou o presidente da Câmara, vereador Pedrinho Botaro (PSDB). “O conceito se baseia em questões institucionais. Enquanto os parlamentares ouvem demandas do município, a ouvidoria irá receber casos do próprio Legislativo. Exemplo: vereador pegou carro oficial e foi viajar, pescar. Vai denunciar para quem? Qual o órgão competente? Agora é a ouvidoria.”

Devido a legislações sobre pandemia – que impedem elevação de gastos –, não há certeza em relação ao início da vigência. A ouvidoria legislativa, assim como a ouvidoria da cidade, possuirá prazo preestabelecido para responder às demandas da população, de acordo com cada pedido. Unidades administrativas e servidores públicos dos gabinetes da Câmara também ficam obrigados a dar retorno de informações em período fixado. Em tese, o ouvidor terá autonomia para atuação – poderá sugerir, por exemplo, quando cabível, a adoção de providência ou apuração de atos considerados irregulares ou ilegais. Apesar da atribuição, a função é atrelada ao presidente da mesa diretora.

O sistema é coordenado por um ouvidor, designado pelo presidente da Câmara. Por outro lado, a escolha não pode abranger funcionários comissionados. O nome necessita sair do quadro de servidores efetivos, com formação de nível superior – e haverá licença do posto original. Diante disso, a norma estipula que, pela função, irá receber gratificação de 25% de valor da classe seis da tabela (cerca de R$ 2.700).

COMISSÃO
Na última plenária, os vereadores também formalizaram comissão de assuntos relevantes para discutir a revisão da LOM (Lei Orgânica do Município). Foram escolhidos cinco integrantes para formar o bloco - Willians Bezerra (PT), autor da proposta, Fábio Lopes, Rodolfo Donetti, ambos do Cidadania, Pedrinho Botaro (PSDB) e Sargento Lobo (Patriota). 




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