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Informação no prontuário pode combater adulteração
Por Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
25/11/2009 | 07:00
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Para dar fim ao golpe da adulteração de hodômetro, a deputada estadual Maria Lúcia Amary informou que o Detran - SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) acatou sugestão para inibir a fraude. Pela proposta da parlamentar, o dado da quilometragem vai passar a constar do prontuário do veículo.

"Toda vez que o carro mudar de proprietário, o comprador poderá consultar a quilometragem", disse Maria Lúcia. "Com isso, ficará mais difícil adulterar para baixo os números do hodômetro."

Além de lesar o consumidor, a adulteração também pode influenciar a segurança, já que peças que necessitam de troca são forçadas a uso prolongado com a adulteração. "Essa prática tem de ser combatida e extinta", explicou.

Uma das dicas de especialistas para evitar cair no golpe da adulteração é verificar os componentes do veículo. Volante desgastado pelo suor das mãos, pedais de acelerador, freio e embreagem com a capa de borracha gasta, tecidos dos bancos desgastados são alguns sinais de uso intenso que não condizem com uma quilometragem baixa. Pneus também costumam ser bons indicativos, já que podem durar até 40 mil quilômetros antes da primeira troca.

A deputada revelou também que o Detran vai publicar nos próximos dias portaria com a determinação de se juntar ao prontuário do veículo a informação sobre a quilometragem. "Essas inspeções serão feitas em passagens de rotina de veículos pelo Detran, que hoje faz o trabalho de verificar itens de segurança dos veículos."

"Para não perder a clientela, alguns proprietários de lojas de carros usados têm utilizado artifícios para estimular as vendas e enganar o consumidor", disse a deputada. "Um veículo com 50 mil quilômetros facilmente pode ser adulterado para 10 mil quilômetros, e quem pagará a conta será o comprador. É impossível um leigo saber se existe algo errado ou não. Somente uma vistoria técnica pode identificar o problema", enalteceu.

"Queremos acabar com a cultura de que sempre é possível ‘dar um jeitinho'. É comum as pessoas já comprarem um carro usado sabendo que existe a possibilidade da adulteração. Isto é um absurdo. Compromete a segurança do veículo", completou.




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