A primeira edição do AnimABC venceu, no último fim de semana, a descrença do público em relação à criação de mais um evento para fãs de histórias de ficção. Para os organizadores, a visita de sete mil pessoas entre sábado e domingo, no Colégio Dr. Américo Brasiliense, em Santo André, é resultado de uma realização bem sucedida. A próxima está agendada para setembro deste ano.

O número de visitantes ficou dentro da expectativa, que era entre quatro e oito mil pessoas. O que ficou abaixo do esperado foi a participação no concurso de cosplayers (fãs caracterizados como personagens): apenas 30 concorrentes. “No ano passado, houve uma saturação desse tipo de evento. Além disso, houve alguns eventos ruins que deixaram o público desconfiado”, afirma Sérgio Peixoto Silva, um dos organizadores do AnimABC.

Uma das poucas reclamações ouvidas no sábado foi exatamente a pequena quantidade de cosplayers. “Espero que amanhã (domingo passado) venham mais”, disse Iury Azevedo, 18 anos, que veio de Guaratinguetá com sua fantasia de Masataka Takayanagi, personagem do anime Tenjou Tenge.

O vencedor do concurso foi o paulistano Willian Douglas da Silva, 27, usando uma armadura do Cybercop Saturn, do antigo seriado Cybercop. “Prefiro personagem mais próximo da realidade possível. Não é fictício como o anime”, afirmou. Um dos destaques foi a Rainha Amidala (Star Wars) apresentada por Juliana Alves, 18, vinda do Guarujá.

Vestida como Syaoran, do desenho Card Captor Sakura, a andreense Aline Ueda, 19, considerou o evento simples, com poucos estandes. “Mas este ainda é a primeira edição, tenho certeza que vai melhorar”, disse.

O organizador conta que o balanço dos 20 estandes foi positivo: “Os vendedores não se arrependeram. Alguns deles até fecharam mais cedo porque acabaram os produtos”.

O evento arrecadou 6,5 mil quilos de alimentos não perecíveis (o ingresso era 1 kg). Segundo a coordenação do Escola da Família – programa que abre a escola estadual aos fins de semana para a comunidade –, os alimentos seriam doados a alunos carentes do Américo Brasiliense, ao Lar São Francisco e a igrejas católicas e evangélicas de Santo André.