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Diadema: José Augusto busca votos até o último minuto
Por Giba Bergamim Jr.
Do Diário do Grande ABC
31/10/2004 | 12:45
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Com a bandeira do partido em punho, o candidato a prefeito de Diadema José Augusto da Silva Ramos (PSDB) subiu e desceu, sob um sol forte, as ladeiras dos bairros Jardim Marilene, Jardim Alba e Gazuza para distribuir sorrisos, beijos e abraços, na última chance de buscar votos.

Ao lado de seu vice, Manoel José da Silva (PSB), o Adelson, o tucano caminhou por cerca de duas horas durante a manhã de sábado. Na frente do candidato e de um grupo de aproximadamente 80 militantes, um caminhão de som, bonecos gigantes e um locutor empenhado em descrever o perfil “do Zé Augusto, prefeito do bem” e disparar críticas à atual gestão de José de Filippi (PT): “a Saúde está um caos, os impostos aumentaram...”.

Os militantes se concentraram, a partir das 9h, numa rua do Jardim Marilene para esperar o ex-prefeito José Augusto. Às 10h30, um Monza 1989, encostou ao lado do caminhão de som. Do carro, desceu Adelson, acompanhado de suas filhas Grécia, 17, e Bruna, 13. “Já rodou uns 500 mil quilômetros”, disse Adelson sobre o seu possante. O candidato a vice revelou ter “um carinho” pelo PT. “Mas não desse PT que está aí, e sim o de antigamente. O presidente Lula até já tomou cachaça no meu bar, no (bairro) Canhema, quando era candidato a governador, em 1982.”

Por volta das 10h50, José Augusto apareceu. Trajando camisa branca, calça de sarja e sapato, o tucano disse que faria uma caminhada de agradecimento. Certo da vitória, o candidato disse ter ido sexta-feira ao Palácio dos Bandeirantes para conversar com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). “O governador me convidou. Vamos voltar ao Palácio na próxima semana para discutir alguns projetos para a gente implantar já no primeiro ano”, disse ele, já antecipando sua posição de futuro prefeito. Entre os projetos a serem discutidos estão a construção de uma escola técnica e uma faculdade em Diadema, prometidas pelo candidato tucano.

José Augusto se mostrou firme na caminhada. Nem a fumaça densa que saía do escapamento do carro de som o venceu. Um pouco de água nos olhos irritados, ele seguiu em frente. Espalhados pelas ruas do Marilene e do Gazuza, panfletos cujos conteúdos atacavam a imagem do tucano e de seu adversário. Um deles, assinado pelo “Movimento José Augusto Nunca mais”, dizia que o candidato teria contratado um policial acusado de tortura para ser seu segurança.

A resposta vinha em material assinado pelo “Movimento Mentira Nunca Mais”, que acusava o atual prefeito e engenheiro José de Filippi Júnior de ser responsável pela “calamidade na saúde”. “Ele achava que construir pontes e fazer ponte de safena eram as mesmas coisas”, dizia o panfleto. “Não se pode usar armas sujas numa campanha quando se luta pela democracia. São coisas que eu não vejo (panfletos), mas sei que ele (Filippi) anda fazendo. O povo repudia isso”, disse ele ao creditar o teor dos ataques ao adversário.

No Jardim Gazuza, eleitores petistas hostilizaram o ex-prefeito. “Aqui, não”, gritou uma comerciante, ao impedir um militante tucano de distribuir panfletos em seu bar. No fim da caminhada, às 12h45, José Augusto disse que ninguém o criticou. “Só vi o amor vindo das pessoas”. O tucano votará na escola estadual Simon Bolívar.




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