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Lula quer PMDB mineiro para neutralizar Aécio
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28/02/2010 | 07:09
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT costuram acordo eleitoral com o PMDB mirando dois objetivos estratégicos: o tempo do aliado no horário eleitoral gratuito e o entendimento com o PMDB de Minas, para neutralizar a força do governador tucano Aécio Neves (PSDB) e facilitar a vitória da candidata petista à Presidência, a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff.

Os peemedebistas mais experientes veem na corte e nos afagos do PT e de Lula apenas um movimento tático para fechar o entendimento nacional. Está claro para eles que o governo e o PT sabem que não levarão o PMDB por inteiro no apoio a Dilma.

A preocupação do PT com o segundo maior colégio eleitoral é óbvia demais para causar alarido no PMDB. Afinal, os mineiros também constituem o interesse maior do PSDB do governador José Serra. Nos bastidores, tucanos e petistas repetem avaliação semelhante de que é lá que se dará a grande batalha, porque o candidato que conquistar a maioria dos mineiros ganha a eleição.

Mas foi o PMDB que passou os últimos dias alardeando que o acordo com o PT em Minas está fechado em torno da candidatura a governador do ministro das Comunicações e senador peemedebista Hélio Costa (PMDB-MG), que lidera as pesquisas de intenção de voto.

Se a cúpula do PT e Lula conseguirem ‘limpar a área' para Hélio Costa, tirando do caminho do PMDB mineiro os dois pré-candidatos petistas a governador - o ex-prefeito Fernando Pimentel e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias -, a aliança nacional estará salva e a autoestima do PMDB também.

Todos estão de acordo na compreensão de que a escolha do vice definirá se o PMDB entra na aliança pelo portão principal, com direito a salamaleques que vão além do tapete vermelho estendido na entrada, ou se o ingresso se dará de forma acanhada, pela porta dos fundos.

A avaliação geral é de que, se não conseguir emplacar o presidente nacional do partido e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), no posto de vice de Dilma, o partido entrará na aliança humilhado, na condição de coadjuvante e não de protagonista. É por isso que o maior temor de todos os grupos é de que o acerto em Minas dê errado e o PT consiga convencer Hélio Costa a aceitar a vaga de vice.

A cúpula do partido na Câmara e no Senado não vê muito como vetar o ministro, mas tampouco se considera representada por ele. Não o vê com o perfil de vice que vai defender o cumprimento dos acertos feitos em cada Estado e, sem um porta-voz, teme ser rifada pelo PT ao longo da campanha.




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