Economia Titulo FMI
Crescimento do País deve superar valores mundiais
01/12/2008 | 07:00
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A previsão do FMI (Fundo Monetário Internacional) de crescimento de 3% para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2009, foi analisada com otimismo pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. "Mesmo com a crise o País vai crescer em 2009 quase o dobro da média de 1999 a 2003".

De acordo com Meirelles, mesmo na visão conservadora do FMI, o País vai crescer mais do que a previsão para a média mundial de 2% em 2009, e quase o dobro do crescimento médio, de 1,8%, registrado de 1999 a 2003, e mais do que a média de 2,1% observada de 1980 a 2003.

"Portanto, mesmo no momento, agora, de crise mundial gravíssima, a maior desde 1929, a visão do FMI é que nós vamos crescer 3%. Substancialmente acima da média mundial e da média do que o Brasil cresceu em 24 anos, de 1980 a 2003", disse Meirelles.

PREPARAÇÃO - O presidente do BC reafirmou que o Brasil vem se preparando, há alguns anos, para ter um crescimento sustentado, sem subidas e descidas para sair do padrão de arrancadas e freadas que teve durante muito tempo - dava um crescimento muito rápido e depois recessão, decrescia o PIB. "Agora não, é uma crise. É séria. Tem uma desaceleração importante. Mas, mesmo um pessimista diz que (o crescimento) é 3%", disse.

Apesar de considerar séria a crise financeira internacional, o presidente do Banco Central afirmou que o País vai manter o seu crescimento sustentado e, mais importante, retomando o crescimento a partir de 2010 em taxas maiores.

Para Meirelles, isso significa que o Brasil não vai perder a sua trajetória de crescimento sustentado.

PANORAMA - O presidente do BC avaliou que o atual quadro da economia mundial não é agradável.

Segundo ele, só com as Bolsas de Valores o mundo perdeu cerca de US$ 30 trilhões.

Meirelles deixou claro que o Brasil não está imune a crise. Mas a está enfrentando com muita rapidez e decisão, e mais fortalecido.

REVISÃO - O presidente do Banco Central informou que o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, vai detalhar hoje o plano de crédito para capital de giro. O assunto primordial será a linha adicional de R$ 10 bilhões destinada à pessoas jurídicas, onde a recuperação observada, em comparação a outubro, - da ordem de 1,2% - foi muito tímida até agora. Bem aquém da recuperação de crédito das pessoas físicas, de 14%, revelou Meirelles.




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