"Fica comigo velha amiga e companheira, vou cantá-la a vida inteira pra lembrar o que passou."
‘Balada triste', composição de Dalton Vogeler e Esdras Silva, outro sucesso de Agostinho dos Santos.

"Agostinho dos Santos se apresentou várias vezes no programa do canal três (atual SBT) chamado ‘Clube dos Artistas' com Airton e Lolita Rodrigues, patrocinado pelo pão e bolo Pullman. Anotei no Diário de hoje o telefone do bar da família dele em São Bernardo."
Sérgio Lazzarini, de Santo André.

"Viemos exaltar a beleza da imaginação; Vila Alice apresenta "O sonho do Folião'."
Autores: Cláudio Pinheiro (Gordo) e Marcos Tadeu (Carioca), para o Carnal 1980 da Vila Alice.

* * *

O Carnaval 1980 do Grande ABC, como todos os demais, está devidamente registrado nos anais do Diário. O destaque é uma série de reportagens assinadas pela Claudia Muller, hoje no Jornal de Jundiaí, focalizando os ensaios das escolas de samba de então.

O Banco de Dados do Diário guarda os negativos de todas as fotos, várias publicadas, a maioria inédita. Os desenhos das alegorias da Escola de Samba Mocidade Fantástica de Vila Alice permaneciam inéditos. Hoje aquelas alegorias são memória pura do Carnaval de rua de Santo André.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Sábado, 16 de fevereiro de 1980

Manchete - Ministro da Aeronáutica, brigadeiro Délio Jardim de Mattos, afirma que abertura política é uma realidade

Santo André - Pais reivindicam nova escola no Jardim Stela.

EM 16 DE FEVEREIRO DE...
1867 - Inaugurada a estrada de ferro São Paulo Railway, de interligação de Santos a Jundiaí.

1950 - Oficializado o Hino de Santo André, com letra do professor José Amaral Wagner e música do professor Luiz Carlos da Fonseca e Castro.

TRABALHADORES
Nascem em 16 de fevereiro:
1 - Manoel Maria Rezende. 1892. Natural de São Pedro Velho, Portugal. Prensador da Metal Química Glória. Residência: Rua Ipomer, 22, Vila Bela, São Caetano (sic).

2 - Antonio Paulino Orlando. 1908. Natural de Campinas (SP). Eletricista da Rhodia Química. Residência: Avenida João Ramalho, 248, Santo André.
FONTE: primeiro livro de registro geral dos associados do Sindicato dos Químicos do ABC

HOJE
Dia do Repórter.

ALCIDES PETROLLI
(Amparo 4-10-1928 - Santo André 7-2-2010)
Alcides é um dos cinco filhos do casal Giovanni Petrolli e Emma Mochetta Petrolli. São seus irmãos: Ignes, Irma, Afonso e Francisco Armando. Em 1932, falece o pai e a viúva resolve mudar-se de Amparo para outro sitio localizado no município de João Ramalho, região cafeeira da Alta Sorocabana, onde viviam amigos e parentes.

Uma das famílias vizinhas era o casal Paulo e Gilda Didi Manetti. A caçula das mulheres era uma loirinha de olhos verdes. Seu nome: Anesta. Alcides e Anesta estudaram juntos. Casaram em 17 de setembro de 1947 e mudaram para a cidade de Quatá, onde nasceram os dois filhos, Ondina e Valdenizio.

Em 1952, a família foi morar em Londrina. Seo Alcides empregou-se no comércio local e dona Anesta na Folha de Londrina como copeira e faxineira. Enquanto a filha ficava sob o cuidado da avó, dona Emma, o filho permanecia com a mãe na redação enchendo a paciência do jornalista João Milanez. No fim dos anos 1950, as grandes geadas castigaram o Norte do Paraná e empobreceram a população. A lavoura perdeu-se, cresceu o desemprego.

Nesse período, o grande eldorado brasileiro era o Grande ABC. Seo Alcides, incentivado por parentes e amigos que aqui já moravam, mudou-se para Santo André. Passou a trabalhar como metalúrgico e feirante. Já aposentado, participou como leigo de seminários realizados na Universidade Autônoma de Assunção, Universidade Argentina John F. Kennedy e Universidade Católica do Uruguai.

Todo o dia lia o Diário e, juntinho com dona Anesta, assistia a missa transmitida pela Rede Vida e TV Cultura. Como bom corintiano, gostava de futebol. Partiu aos 81 anos e está sepultado no túmulo da família, no Cemitério de Camilópolis. (Texto: com toda emoção, Valdenizio Petrolli, jornalista, filho de Alcides e Anesta)

SANTOS DO DIA
Albino Amarilla (líder paraguaio assassinado em 1981), Elias, Jeremias, Daniel, Gilberto de Sempringham, Juliana (ou Giuliana) e Onésimo.

Na estampa, Santa Juliana de Cornillon ou de Liége (Bélgica 1193-1258). Irmã agostiniana. Introduziu a festa de Corpus Christi em Liége em 1246.