Atenta à necessidade de veículos comerciais leves com capacidade de transportar grandes volumes de carga em regiões como o centro expandido de São Paulo, onde a circulação de caminhões pesados sofre com a restrição do rodízio municipal em horários determinados, a Mercedes introduziu em agosto mais uma versão da Sprinter Street 311 CDI.

Para conhecer o comportamento de um furgão desses no dia a dia, o Diário rodou com uma unidade pelas ruas e avenidas do Grande ABC nos melhores horários do dia: os de rush!

O primeiro contato com o furgão, que parte de R$ 98,3 mil, foi positivo. Apesar da porta pesada, o acesso à cabine é fácil e rápido. O espaço interno agrada logo de cara, principalmente para quem está acostumado a andar de hatchback: os comandos estão à mão, especialmente a alavanca do câmbio de cinco velocidades, posicionada de forma elevada.

A posição do volante é esquisita inicialmente. Incomoda. Mas com o passar dos quilômetros tudo se torna familiar. Comum. O painel de controle, simples em termos de grafismo, é extremamente funcional e de fácil leitura.

Em relação aos equipamentos de série, nenhuma surpresa, já que esperávamos o básico. Direção hidráulica, vidros elétricos e ar-condicionado são de série. Itens sob medida para quem trabalha indo de um lado para o outro nos centros urbanos.

RODAR - Devidamente confortável - com a sensação de estar em casa -, fomos para a diversão: rodar. Ligamos o bruto e percorremos ruas e avenidas de Santo André, São Bernardo e São Caetano. As dimensões do furgão logo trazem a primeira preocupação - são 5,64 metros de comprimento, 3,55 m de distância entre os eixos, 2,59 m de altura e 1,92 m de largura - e, convenhamos, o modelo não é nenhum Smart Fortwo.

Por falar em medidas, vamos a algumas que interessam. O Sprinter Street 311 CDI longo de teto alto não é bem um top model. Veste tamanho GG! São 3.500 quilos de PBT (Peso Bruto Total) e 13,4 m³ de área útil para carga. Os acessos podem ser feitos pelas portas traseiras, porta corrediça direita ou porta corrediça esquerda, que é oferecida como opcional.

Rodamos com o compartimento de carga vazio. Desta maneira, sentimos toda a voluntariedade do motor de quatro cilindros turbocooler que entrega torque de 28 mkgf na faixa de torque que vai de 1.600 rpm a 2.400 rpm e potência de 109 cv a 3.800 rpm. Segundo a Mercedes, a velocidade máxima é de 140 km/h - nada mal para quem foi projetado para andar como um camelo no anda e para do caótico trânsito urbano.