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Wanessa assume cadeira de Manoel na Câmara de Mauá

Democrata teve rejeitado pelo TRE-SP outro pedido de liminar para se manter no cargo

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
10/02/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Manoel Lopes (DEM) teve negado o segundo pedido para suspensão da decisão do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) que cassou o seu diploma de vereador por abuso de influência do cargo. Wanessa Bomfim (PMDB) – primeira suplente da coligação PP-DEM-PMDB – voltou a assumir cadeira no Legislativo ontem. O democrata prometeu levar o caso ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Wanessa foi empossada ontem à tarde pelo presidente da Câmara, Marcelo Oliveira (PT), que cumpriu determinação do próprio TRE-SP, a qual chegou por meio da Justiça Eleitoral do município. Teoricamente, o PMDB, que passará a ter três vereadores, atua como oposição ao governo do prefeito Donisete Braga (PT). “Não entendo como oposição, porque eles votam a favor dos projetos do Executivo”, pontuou a nova parlamentar.

Na Câmara, Manoel era a principal voz oposicionista e o vereador mais criterioso na avaliação de projetos de lei, fosse de colegas de legislativo, ou encaminhados pelo prefeito. A projeção de Wanessa é atuar nesses quase dois anos, ou meio mandato, apoiando a “voz da juventude na política” sem, necessariamente, definir ser contra ou a favor do Paço.

“É igual contratar uma pessoa para trabalhar na sua casa: se você não explicar direito como quer, não vai ficar do seu gosto. Esse será meu diferencial aqui. Vou trazer as pessoas para participarem do meu mandato. Quero mostrar como se faz política na Câmara de Mauá. Hoje sou vereadora e vou trabalhar até o dia que Deus me permitir. Quero dar voz e apoio aos jovens”, argumentou a peemedebista.

A ação que rendeu a cassação de Manoel foi impetrada pelo PT de Mauá em 2012. A alegação é de que o democrata teria distribuído carta pedindo voto aos pais de alunos da EE Marilene Acetto de Oliveira assinadas pela diretora da unidade, a cunhada dele, Jane Donatiello, e sua mulher, a ex-secretária de Educação Ângela Donatiello. A justificativa petista foi rejeitada inicialmente, porém, foi reapresentada pelo Ministério Público e acatada em primeira e segunda instâncias.

“Tenho o direito de recorrer ao TSE e é isso que vou fazer. Não vou atrapalhar ninguém, como fizeram comigo. Vou aguardar com paciência, pedir uma nova liminar e mostrar meu caráter e transparência. Confio na justiça divina para recuperar meu mandato sem atrapalhar ninguém”, afirmou Manoel Lopes. 




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