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Mulheres são minoria entre gestores do Ensino Superior

Encontro no Rio debate presença de reitoras nas instituições de ensino, que ainda é tímida

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
29/07/2014 | 07:00
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 A inclusão da mulher no ambiente acadêmico foi uma das principais discussões do primeiro dia de atividades do 3º Encontro Internacional de Reitores, que acontece no Rio de Janeiro. Isso porque ainda é tímida a participação feminina nos cargos mais altos das instituições de ensino. O evento, que reúne 1.103 gestores de universidades de 33 países, tem como objetivo discutir os desafios do Ensino Superior.

O reitor da Unam (Universidade Nacional Autônoma do México), José Narro Robles, destacou que o cenário dos países ibero-americanos mostra que as mulheres são maioria entre os alunos de graduação – representam 60% deles –, no entanto, a participação do público feminino vai diminuindo conforme a hierarquia avança. “Elas (mulheres) são 50% entre os alunos de doutorado, passam a ser 30% entre os professores e apenas 14% entre os catedráticos e reitores”, diz.

Para a reitora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), instituição de ensino que tem campus em Diadema, Soraya Smaili, ainda existe lacuna que precisa ser preenchida nesta área. “A feminilidade precisa ser reafirmada, precisamos estar conscientes da capacidade de desenvolver trabalhos. É uma barreira a ser vencida, e acredito que estamos no processo”, considera. A gestora lembra que ela é uma das 18 reitoras entre as 63 universidades federais do País.

ENCONTRO

Entre os desafios atuais enfrentados pelas universidades e destacados pelos reitores participantes do encontro está o uso da tecnologia no dia a dia do ensino. O reitor da USP (Universidade de São Paulo), Marco Antonio Zago, considera o tema uma ‘ferida’ na vida das instituições acadêmicas. “Todas as universidades brasileiras estão atrasadas do ponto de vista da inovação tecnológica. Precisamos rever a forma como lidamos com os alunos”, opina.

Na visão do reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Carlos Levi, as instituições têm de se reinventar diariamente para acompanhar os avanços. “Esse encontro é fundamental para a construção coletiva de soluções para os problemas com os quais convivemos nas universidades. O debate amplia nossa visão de mundo, transforma e permite a evolução”, ressalta.

A jornalista viajou a convite da Universia




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