O sistema de ignição possui diversos componentes que trabalham para o correto funcionamento do motor e, entre eles, estão os cabos de ignição. A função do componente é conduzir a corrente elétrica da bobina até a vela de ignição, sem permitir fugas de corrente, para que seja convertida em uma centelha que dará início à reação de queima da mistura ar/combustível para a partida do carro.
“O cabo de ignição, muitas vezes, é esquecido na hora da manutenção, justamente por ser considerado apenas uma ligação entre a bobina e a vela. Porém, é tão importante no funcionamento do sistema quanto a própria vela”, afirma Fabio Pignatari, gerente de Produto e Desenvolvimento da Lucas.
Troca e manutenção dos cabos de ignição
Existem diversos sinais que mostram que os cabos de ignição precisam ser trocados. Confira as dicas do Garagem 360 e da Lucas, empresa de manutenção automotiva, para ficar atento aos principais indicadores que demonstram a necessidade de substituição de cabos e velas do seu carro:
• Dificuldade para dar a partida.
• Falhas do motor em marcha lenta.
• Perda de potência no motor em movimento.
• Aumento no consumo de combustível.
• Trancos no motor ao acelerar em ultrapassagens ou subidas.
• A quilometragem da última troca de cabos atinge 40 mil quilômetros.
Caso o carro esteja apresentando algumas dessas situações, o ideal é consultar um mecânico de confiança e fazer a troca, se necessário, para evitar gastos e problemas inesperados no futuro. Além disso, a qualidade da peça influencia no bom funcionamento do sistema.
Veja lista de recalls bizarros no Brasil e no mundo
Quando uma montadora percebe que colocou um carro defeituoso no mercado, sua obrigação é convocar um recall e reparar as irregularidades do veículo. Em alguns casos, as falhas podem causar problemas grotescos que comprometem a integridade de motoristas e passageiros, como combustão espontânea do automóvel. Um dos casos recentes mais marcantes é o dos airbags mortais produzidos pela empresa japonesa Takata. Os itens, que projetavam fragmentos contra os ocupantes durante colisões, foram usados em modelos de empresas como Honda, Chevrolet, BMW e Toyota. Na galeria, veja os recalls mais bizarros do Brasil e do mundo:
Fiat Tipo: depois que algumas unidades pegaram fogo sozinhas, a Fiat convocou um recall para substituir o tubo convergedor de ar quente do motor. Mesmo com a manutenção, alguns veículos continuaram pegando fogo, e foi preciso fazer um segundo chamado para consertar vazamentos de fluido da direção hidráulica, já que o líquido vazava pelo escapamento e provocava os incêndios
Ford Pinto: o veículo, que foi barrado no Brasil por conta do nome sugestivo, protagonizou um recall polêmico nos Estados Unidos. Se o carro sofresse uma colisão traseira, o tanque de gasolina podia quebrar e causar uma explosão. Antes de colocar o modelo no mercado, a Ford já sabia do problema, mas fez as contas e percebeu que indenizar possíveis mortes e casos de queimaduras sairia bem mais barato do que regularizar a linha de produção. No final, depois de mortes e ferimentos graves, a montadora convocou as unidades para recall e teve que pagar milhões em indenizações
Citroën C3 Picasso: em 2011, 22 unidades da Inglaterra foram chamadas para recall por conta de um motivo um tanto o quanto exótico: quando o passageiro da frente pisava com força no assoalho do carro, era possível acionar o sistema de frenagem sem querer. Isso acontecia porque as versões inglesas tinham os volantes e pedais migrados para o lado direito da cabine, mas o mecanismo continuava passando por baixo do forro do assoalho da parte esquerda (do passageiro). A solução foi reforçar o isolamento dos fios
Mercedes-Benz Classe A: durante seu lançamento mundial em 1997, o modelo capotou quando participava do “teste do desvio do alce". Para evitar que a situação se repetisse, a montadora implantou um sistema eletrônico de estabilidade e fez mudanças na suspensão sem alterar o valor final do carro
Airbags mortais: Ao menos 16 pessoas morreram por conta das bolsas infláveis defeituosas da empresa japonesa Takata. Os itens projetaram fragmentos contra os ocupantes. O escândalo foi revelado em 2014 e já atingiu grandes montadoras, como Honda, Toyota, BMW e General Motors, que precisaram realizar convocações para recall de seus carros
Foto: Divulgação
Honda foi uma das atingidas pelos Itens defeituosos da Takata
Foto: Divulgação
Toyota Corolla: a má fixação do tapete do carro fazia o item deslizar e travar o pedal de aceleração do veículo. Algumas unidades aceleraram sozinhas e causaram acidentes graves. A Toyota convocou mais de 100 mil unidades brasileiras para fazer manutenções no sistema de fixação dos tapetes e explicar a forma ideal de posicioná-los
Foto: Divulgação
Toyota Corolla
Foto: Divulgação
Ford F-150: em 2015, a Ford chamou mais de 12 mil unidades para recall por conta de um problema no sistema de direção. A falha podia provocar a perda de controle da caminhonete e causar acidentes graves
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Ford F-150
Foto: Divulgação
Chevrolet Sonic: logo após o lançamento do modelo nos Estados Unidos, a GM percebeu que mais de quatro mil unidades saíram de fábrica sem as pastilhas de freio. A falha afetava o desempenho do carro e virou motivo de recall
Foto: Divulgação
Chevrolet Sonic
Foto: Divulgação
Volkswagen Fox: mais de 500 mil unidades vendidas no Brasil contavam com um defeito que decepava a ponta dos dedos das pessoas que tentavam rebater os bancos do carro. Isso porque o sistema era um pouco “arisco” e funcionava como uma guilhotina. A montadora convocou o recall, modificou o sistema e incluiu avisos indicando a maneira correta de posicionar as mãos e os dedos durante a ação
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Volkswagen Fox
Foto: Divulgação
Chevrolet Saturn Ion, Pontiac Pursuit, Pontiac G5, Cobalt, Saturn Ion, HHRs, Pontiac Solstice e Saturn Sky: outro caso polêmic é o recall de mais de um milhão de unidades da GM nos Estados Unidos. A montadora demorou mais de 10 anos para divulgar que os veículos tinham um defeito na ignição. A falha está relacionada a cerca de 13 mortes acidentais e rendeu uma multa de US$ 35 milhões à empresa norte-americana
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Chevrolet Cobalt
Foto: Divulgação
Fiat Stilo: algumas unidades fabricadas entre 2004 e 2010 tinham um defeito que podia causar a soltura das rodas traseiras durante a condução. Depois do registro de acidentes, a Fiat convocou um recall imediato para substituir o conjunto do cubo da roda. A montadora ainda teve que pagar uma multa de R$ 3 milhões por colocar um produto com defeito de fabricação no mercado
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Fiat Stilo
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