Política Titulo Operação Lava Jato
Fachin autoriza inquéritos e inclui Vicentinho na lista

Relator da Lava Jato no STF deu aval para a Procuradoria Geral da República investigar oito ministros, 24 senadores e 39 deputados

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
12/04/2017 | 07:00
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Relator da Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Edson Fachin autorizou a PGR (Procuradoria Geral da República) a varredura sobre oito ministros do governo de Michel Temer (PMDB), três governadores, 24 senadores e 39 deputados federais. O parlamentar Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT, com base eleitoral no Grande ABC) consta na lista. É a primeira vez que o nome do petista é citado neste rol. Ao todo, Fachin determinou a abertura de 76 inquéritos para investigar caso de políticos e autoridades com base no depoimento de 40 dos 78 delatores do grupo Odebrecht.

Os nomes integram parte da chamada lista de Rodrigo Janot, em referência ao pedido feito pelo próprio procurador-geral, em março. O despacho foi assinado no dia 4 pelo ministro, também retirando o sigilo da maioria dos casos. Dessas apurações, duas estão mantidas em sigilo por Fachin. Foram arquivadas sete citações por falta de indícios de crime. O relator da Lava Jato no STF decidiu ainda encaminhar para instâncias inferiores da Justiça 201 solicitações de averiguação sobre pessoas citadas sem o chamado foro privilegiado.

Entre os ministros aparecem Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência; Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia; Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; e Roberto Freire (PPS), da Cultura; Os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR) são os alvos da lista com maior número de inquéritos abertos: cinco cada. Os senadores José Serra (PSDB) e Marta Suplicy (PMDB) são outros mencionados, assim como os deputados Vicente Cândido, Celso Russomanno (PRB), Paulinho da Força (SD), além do ex-ministro Guido Mantega.

Vicentinho alegou ter recebido a notícia da inclusão de seu nome na lista “com surpresa”. “Conversei com o tesoureiro da minha campanha (eleitoral), Nelson Banhara, e ele também disse que não entendeu o comunicado. Mas o fato é que eu não sou corrupto e tenho essa convicção”, disse o deputado, ao reforçar que seus projetos de lei “sempre foram contra aos interesses” da Odebrecht. “Vou apurar com mais detalhes. Teremos que aguardar”, pontuou, dizendo-se acusado de ter recebido R$ 30 mil na empreitada de 2010 – em duas parcelas de R$ 15 mil. (colaborou Kelly Zucatelli
(com Agências) 




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