Os agentes do FBI estão desanimados com o verdadeiro 'muro de silêncio' que encontraram ao tentar interrogar a maior parte dos que foram detidos sob suspeita de envolvimento com o atentado terrorista do dia 11 de setembro contra Nova York e Washington. De acordo com reportagem do canal GloboNews, o governo americano estuda extraditar alguns deles para países que se utilizem de táticas 'menos ortodoxas' de interrogatório (leia-se tortura).

Citando reportagem do Times de Londres, a emissora disse que a polícia federal dos EUA já tentou de tudo com os 150 suspeitos que ainda estão presos: pressão psicológica; oferta de prêmio em dinheiro; troca de identidade e proteção no serviço de testemunhas; emprego; uma nova vida. Nenhum dos métodos funcionou para convencer os suspeitos a darem detalhes sobre seu suposto envolvimento com a Al Qaeda, a rede terrorista comandada por Osama Bin Laden.

Com a Justiça americana é rigorosa em não aceitar provas obtidas mediante qualquer tipo de coação, é possível que os suspeitos sejam extraditados a seus países de origem — há entre eles sauditas, iemenitas e egípcios, entre outros. Com muitos deles são países 'pouco democráticos', os americanos passariam então a fazer pressão pela obtenção de provas e condenação dos suspeitos.