Política Titulo Santo André
Paulo Serra afirma que eleição dificultou diálogo com Sabesp
Por Fabio Martins
22/11/2018 | 06:39
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Nario Barbosa/DGABC


No dia do seu retorno às atividades no Paço, o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), admitiu que o processo eleitoral atrapalhou as tratativas da cúpula do governo e do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). A autarquia andreense possui dívida de R$ 3 bilhões, segundo a empresa, e houve início de negociações do Executivo na tentativa de equalizar o passivo, que se arrasta desde a década de 1990. “ O período eleitoral torna tudo muito complexo.”

A própria Sabesp sustentou que está à disposição para eventual acordo, mas que, atualmente, não há negociações em andamento. Paulo Serra pontuou que “as pessoas que estavam lá”, referindo-se à companhia, esperavam o resultado do pleito para “entender a continuidade dos diálogos”, frisando que, via de regra, há mudança na equipe – o governador eleito, João Doria (PSDB), deve indicar ao conselho de administração outro quadro para presidir a empresa, no lugar de Karla Bertocco. “Naturalmente isso ocorre. Não se resolveu e não se encerrou. Estamos aguardando a transição para retomar as conversas já com novos componentes que vão permanecer nos próximos quatro anos.”

O tucano ponderou que a operação da autarquia é superavitária. “Arrecada mais do que gasta, assim como na Prefeitura. Só tem o passivo. É o mesmo problema (do Paço) e sob o ponto de vista do volume é até mais grave”. Para ele, se o governo tivesse assumido sem esse débito não havia motivo para discutir com a Sabesp. “Estaríamos pagando em dia (a fatura da água no atacado), o reabastecimento foi completamente retomado.”

Paulo Serra considerou que o modelo ideal seria “até certo ponto de gestão compartilhada” com a Sabesp, empresa de economia mista, ou acordo para parcelamento da dívida em condições viáveis. “Tem que ser em condições de fazer esse pagamento, caso contrário não adianta: R$ 3 bilhões em cinco anos é inviável. Agora, em 20 anos, começa a ser viável.”  




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