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Maurício Soares desiste de ser vice de Alckmin
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
04/04/2002 | 00:02
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O prefeito de São Bernardo, Maurício Soares (PSDB), decidiu não arriscar seu futuro político e anunciou nesta quarta que não será mais candidato a vice na chapa do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que concorrerá à reeleição. A decisão contrariou as expectativas de que, pela primeira vez, a região teria maior representação no comando do Estado.

O motivo que pesou na decisão do prefeito foi o fato de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter definido que Maurício teria de renunciar à Prefeitura, e não apenas se afastar, caso pretendesse concorrer. Apoiado pelo grupo que o ajuda nas tomadas de decisões – formado pelo vice-prefeito William Dib (PSB), pelo coordenador de assuntos comunitários Ademir Silvestre e pelos secretários Eurico Leite (Finanças), Osmar Mendonça (Habitação) e Carlos Maciel (Assuntos Jurídicos) –, Maurício afirmou que não poderia se aventurar e trocar o certo pelo incerto.

“Se tivesse o mínimo de garantia, me arriscaria. Temi ter de renunciar, pois durante este período que coloquei meu nome à disposição do partido nada me indicou que seria o candidato do PSDB. Foi uma decisão difícil, mas unânime dentro do meu grupo de apoio”, disse ele.

Maurício criticou as incertezas que vivem os partidos no momento. “A verticalização das coligações, a briga com o PFL, a confusão com o PMDB. É um quadro muito nebuloso para lançar mão da Prefeitura para, somente daqui a três meses, sabermos se seria candidato. É arriscado.”

Abalado, o prefeito de São Bernardo afirmou que não guarda mágoas do partido. Pelo contrário, Maurício disse que se empenhará em eleger Geraldo Alckmin governador e José Serra presidente da República, sejam quem forem os respectivos vices. O prefeito disse ainda que estuda a possibilidade de tirar licença da Prefeitura por um período de três meses para se dedicar às duas candidaturas.

“O faremos por considerá-los os melhores candidatos e para ficar mais perto do partido. Queremos, ao menos, que a região tenha espaço nos governos estadual e federal e consiga representar significativamente o Grande ABC em secretarias e, possivelmente, em ministérios”, disse Maurício.

O prefeito não descartou a possibilidade de a região conseguir uma pasta representativa caso Alckmin seja eleito. “Em minha reunião com o governador (realizada na noite de terça-feira), coloquei esta necessidade. Ele não respondeu, mas balançou a cabeça positivamente, o que me faz pensar que ele concorda.”




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