A opção em usar um padrão tático formado por três atacantes salvou o Santo André da derrota na última partida, contra o Vila Nova, terça-feira, no Bruno Daniel. Na ocasião, a equipe do técnico Sérgio Soares começou a partida no 4-4-2 e foi para o intervalo perdendo o jogo por 1 a 0.

Mas o comandante voltou para a segunda etapa com o atacante Osny no lugar do meia Jéferson, e atuou os 45 minutos restantes com um trio ofensivo (4-3-3), também composto por Márcio Mixirica e Elton.

A mudança ousada se mostrou essencial para que o time conseguisse a virada no placar para 2 a 1, e conquistasse a importante vitória contra os goianos.

Segundo o comandante do Ramalhão, porém, a alternativa deve continuar apenas como uma carta na manga para ser usada em momentos apropriados.

"É sempre interessante ter para ser usada como diferencial. Mas todos tem de estar com o mesmo objetivo. Temos de deslocar jogadores de suas posições em cima da hora, e isso também pode desorganizar o time em campo. Surte efeito apenas na hora certa", explicou o técnico Sérgio Soares. "Isso varia de acordo com cada partida também. Contra o Vila Nova, o jogo estava bem aberto e foi propício para a mudança", completou.

E quem justamente faz uma função diferenciada nesse tipo de esquema entre o grupo é o atacante Elton, que atua mais recuado para atrair a marcação adversária e ajudar a abrir espaço para a armação das jogadas no meio.

"Por mim, não tem problema algum jogar desta forma. É tudo uma questão de se adaptar com inteligência. Me sinto confortável com a responsabilidade de ter de armar mais e ajudar na marcação. Minha posição original era mais voltada para a função de meia. Só fui de vez para o ataque há cerca de três anos", disse o jogador.