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Petroleiros rejeitam abono salarial de R$ 14 mil
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
11/07/2007 | 07:03
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A primeira proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) oferecida pela Petrobras e suas subsidiárias para os trabalhadores da estatal foi recusada pela FUP (Federação Única dos Petroleiros) nesta semana.

A estatal apresentou uma participação de cerca de R$ 14 mil – valor que pode subir conforme o cargo do funcionário –, o que equivale a 11% do que é distribuído para os acionistas da Petrobras.

Pela lei, os petroleiros podem embolsar até 25% do que recebem os controladores da companhia.

Segundo o diretor de Finanças e Administração da FUP, José Genivaldo da Silva, esse valor está abaixo do negociado nos últimos anos. “Foi bem menor, pois já tivemos 14% como referência para a PLR”, explica. No ano passado, a participação ficou em torno de R$ 16,9 mil, passando pouco acima dos 13%.

Silva também conta que os petroleiros querem 13%, índice apontado com um estudo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

“Há toda uma análise feita por trás desse número. Não é à toa que estamos pedindo um percentual maior e negamos o que foi oferecido”, explica o sindicalista.

A Petrobras alegou à FUP que esse índice foi tirado a partir do faturamento menor que a empresa apresentou, além do aumento do quadro de funcionários.

“Eles falam em queda de lucro, mas sabemos que no ano passado o crescimento foi de 11%”, comenta Silva.

Outro ponto que também está sendo debatido quanto a PLR é a diferenciação que a empresa faz no pagamento desse direito trabalhista. Segundo o diretor da FUP, os trabalhadores com curso superior são os que recebem o maior valor. “Queremos uma distribuição linear, todo mundo recebendo a mesma coisa. É a distribuição de renda que o governo tanto prega, mas não faz em sua estatal”, conta.

A próxima reunião entre a Petrobras e FUP para discutir a PLR será nesta quinta-feira. A entidade sindical também volta a insistir na questão do plano de cargos e salários recentemente conquistado na estatal, mas ainda sem aplicação ou discussão nas subsidiárias. A expectativa é que o acordo seja debatido com as outras empresas na próxima semana.




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