Na avaliaçao de uma parte dos líderes ruralistas, só a votaçao do projeto poderá esvaziar o movimento. Outra ala, no entanto, está apreensiva com a possibilidade de os produtores rurais se juntarem à Marcha dos Cem Mil, que chega a Brasília na quinta-feira. "Se as negociaçoes nao avançarem, o desgaste e a responsabilidade serao do governo", adverte o coordenador da bancada ruralista, deputado Augusto Nardes (PPB-RS).
A última reuniao do dia deve acontecer às 17 horas no gabinete do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Os líderes de todos os partidos com representaçao na Câmara negociam com os integrantes da Comissao de Agricultura uma soluçao para o impasse. O desfecho desse embate ainda é imprevisível. O governo nao quer que o projeto seja votado na Câmara para nao enviar um sinal de fragilidade ao mercado. Por outro lado, a aprovaçao pode ser o melhor caminho, já que há poucas chances de ser aprovado no Senado como está. Os produtores rurais ganham, mas nao levam, de acordo com a previsao do governo, e os caminhoes e tratores deixam a Esplanada dos Ministérios para a Marcha dos Cem Mil passar.
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