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Relatório alerta sobre escassez de recursos naturais no futuro
Por Da AFP
24/10/2006 | 13:45
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Um relatório do grupo ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês), publicado nesta terça-feira, afirma que dentro de 50 anos a população mundial usará duas vezes mais recursos que o planeta é capaz de produzir.

"Estamos em um sério risco ecológico ao consumirmos recursos mais rapidamente do que a Terra é capaz de substituí-los", disse o diretor-geral da WWF, James Leape. "As conseqüências disto são previsíveis e terríveis", acrescentou.

O relatório ‘Planeta Vivo’ (Living Planet), um documento de balanço sobre o meio ambiente global publicado ano sim, ano não, mostrou um crescimento na demanda das capacidades mundiais de produzir ar limpo e fornecer matérias-primas, comida e energia.

Dois anos atrás, o mesmo documento baseado em dados de 2001 destacou que a população mundial já estava superando a capacidade da Terra de regenerar recursos em pouco mais de 20%. A edição de 2006 do relatório destacou que o número aumentou para 25% em 2003.

A ‘pegada ecológica’ da humanidade triplicou entre 1961 e 2003, impelida sobretudo pelo uso de combustíveis fósseis tais como petróleo e carvão.

O WWF destacou que as emissões de dióxido de carbono derivadas do consumo de energia foram o componente de crescimento mais rápido naquele período, aumentando mais de nove vezes.

Enquanto isso, uma consulta sobre a vida animal entre 1970 e 2003 demonstrou que as espécies terrestres diminuíram 31%, as espécies de água doce 28% e as espécies marinhas, 27%.

"Esta tendência global sugere que estamos degradando os ecossistemas naturais em uma taxa sem precedentes na história humana", acrescentou o documento.

Segundo o relatório, cada pessoa ocupa uma ‘pegada ecológica’ equivalente a 2,2 hectares em termos de sua capacidade de poluir ou consumir energia e outros recursos, inclusive comida, enquanto o planeta só é capaz de oferecer individualmente 1,8 hectare.

O WWF calcula que mesmo uma reversão rápida em hábitos de consumo só trariam o mundo de volta aos níveis de 1980 (quando já existia excesso) em 2040.

Os Emirados Árabes Unidos (11,9 hectares por pessoa) e os Estados Unidos (9,6) voltaram a aparecer no topo do ranking de impacto ambiental do relatório, que classifica os países segundo seu alto consumo energético.

A Finlândia e o Canadá superaram o petroleiro Kuwait nas terceira e quarta posições. Austrália, Estônia, Suécia, Nova Zelândia e Noruega fecharam a lista dos ‘10 mais’, seguidos de Dinamarca, França, Bélgica e Grã-Bretanha.




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