Política Titulo Diadema
Governei com minoria e fui reeleito, alfineta Lauro Michels

Em tom crítico a aliados, prefeito de Diadema admite iniciar nova gestão com derrota no Legislativo; ele rompeu com bloco PPS-DEM

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
11/12/2016 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Prefeito reeleito de Diadema, Lauro Michels (PV) desafiou a crise com a coalizão formada pelo PPS, DEM e PEN, que elegeu cinco representantes no Legislativo, sustentando ter condições de realizar uma gestão com qualidade mesmo com inferioridade numérica na bancada da Câmara.

Há duas semanas, o núcleo duro do verde anunciou rompimento oficial com bloco, sob alegação de quebra de confiança e pressão por lugar no alto escalão, após integrantes da ala firmarem acordo com a oposição para garantir presidência da Câmara, destoando da vontade de Lauro. Esse grupo também pediu o comando da Pasta de Saúde.

A coalizão emplacou na Casa Salek Almeida (DEM), Audair Leonel (PPS), Companheiro Sérgio Ramos Silva (PPS), Jeocaz Coelho Machado, o Boquinha (PPS), e Rivelino Teixeira de Almeida, o Pretinho (DEM) – todos vereadores debutantes na Casa. A ala pertencia ao arco de Lauro na campanha eleitoral, que ainda elegeu mais nove nomes, somando 14 cadeiras das 21 possíveis no Parlamento.

Em seu discurso, Lauro lembrou de sua própria trajetória no primeiro mandato, quando obteve somente a maioria dos parlamentares em 2014, às vésperas da eleição da Casa e que elegeu José Dourado (PSDB) como presidente.

“Fiz um governo com minoria (na Câmara) e fui reeleito. Não tenho problema em trabalhar com número menor de vereadores, meu trabalho é com o povo e graças a Deus mostrou cada vez mais estar atento às movimentações políticas. Isso é importante porque pessoas vão cobrar (de políticos) quem em campanha prega uma coisa e depois começa a fazer outra. Vou trabalhar com o que tenho”, disparou.

A ruptura política começou no início do mês passado, quando a ala passou a articular com a bancada de oposição a junção de votos para eleger Pretinho, vice-presidente do Água Santa, principal time de futebol da cidade, como novo chefe do Legislativo. Paralelamente, iniciou diálogos para buscar mais espaço no secretariado. Por enquanto, o grupo detém apenas um indicado no primeiro escalão: o presidente do PPS na cidade, José Carlos Gonçalves, que é secretário de Transporte. O bloco político afirmou ter 12 das 21 adesões para o pleito interno – com os votos dos parlamentares do PT (três nomes), PRB (três vereadores) e do PR (um voto).

“Eu tenho outras composições feitas no segundo turno, com pessoas que não foram eleitas, mas que somaram bastante para a vitória. Então, temos outros compromissos e vamos analisar como faremos os andamentos das coisas. Agora, se eu tiver maioria depois, é outra conversa. Mas o que tenho até agora é isso”, complementou Lauro, citando o apoio de oito vereadores – seis da bancada do PV (Talabi Fahel, Márcio Júnior., Rodrigo Capel, Zé do Bloco, Paulo Bezerra e Albino Cardoso) e dois do PSB (Marcos Michels e Sérgio Mano). O outro eleito pela legenda socialista é Célio Boi, que segue mais próximo da bancada de oposição. 




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