Política Titulo Editorial
O que esperar de 2016?
Por Do Diário do Grande ABC
27/11/2015 | 08:30
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Aline Pietri/DGABC


O primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) se encaminha para o fim. Falta pouco mais de um mês para se encerrar um dos períodos mais modorrentos da história nacional recente sem que se tenha no horizonte qualquer perspectiva de melhora. O encadeamento de fatos mostra que a crise econômica está longe de ser superada. Muito pelo contrário. Os indicativos são de que a situação está, de fato, aprofundando-se. E os ventos políticos no Planalto estão extremamente desfavoráveis.

Com taxas de desemprego subindo, endividamento da população crescendo, crédito se restringindo, juros básicos estagnados nas alturas e câmbio variando de forma extrema e descontrolada, o desânimo tomou conta do brasileiro. A crise financeira que aflorou tão logo Dilma assegurou a reeleição, depois que a presidente passou a campanha toda garantindo que o Brasil voava em céu de brigadeiro, jogou o País no buraco.

Anunciou-se, então, pacote de políticas fazendárias destinadas a recolocar a Nação na rota do desenvolvimento. Entregou-se o timão para condutor renomado, o banqueiro Joaquim Levy, nome altamente conceituado no mercado. Ele chegou anunciando medidas ásperas, mas necessárias para que o PIB (Produto Interno Bruto) voltasse a crescer a partir do ano que vem. Ocorre que o fim de 2015 se prenuncia e a expectativa é que o marasmo econômico persista durante os 12 meses do próximo exercício.

O ano que vem tende a ser também mais uma etapa perdida. Analistas já começam, aliás, a dizer que nem mesmo 2017 trará melhora significativa nos indicadores econômicos do Brasil. Não é para menos. Mudanças financeiras exigem comprometimento e engajamento exclusivos do Executivo e Legislativo. Difícil fazer esforço conjunto em ambiente político tão conturbado e intoxicado como o atual, onde boa parte dos legisladores está envolvida na Operação Lava Jato – que, aliás, acaba de mandar para a prisão o senador Delcídio do Amaral, do PT do Mato Grosso do Sul – e pensa apenas em salvar a própria pele e não o País.  




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