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Paço de Sto.André estende prazo e ônibus continuarão em ciclovia
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
26/11/2015 | 07:13
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A Prefeitura de Santo André estenderá prazo para inauguração de trecho da ciclovia na Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, na Vila Luzita, local onde a Expresso Guarará, que atua com linhas de ônibus na região, tem utilizado irregularmente como estacionamento de parte da sua frota. A previsão era entregar o espaço destinado a ciclistas até dia 30, mais especificamente neste fim de semana. Apesar de a área ainda não ter sido aberta ao público de forma oficial, usuários já utilizam a faixa em questão durante todo o dia, dividindo o setor com os coletivos parados.

O secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Carlos Sanches, o Carlão (PT), afirmou que, após reunião no início desta semana com a equipe da Pasta, a construtora Brookfield sinalizou a contratação de empresa para finalizar área da ciclovia que cabia a ela, parte estipulada como contrapartida na cidade. “A responsabilidade é fazer trecho do fim da avenida. A empresa apresentou orçamento à Brookfield e está em vias de começar esse trecho”, alegou o petista, sem arriscar novo prazo. “Só será possível depois que o acerto definitivo entre as empresas estiver resolvido.”

O prefeito Carlos Grana (PT) sustentou que aguarda essa compensação da Brookfield e que o Paço não pode inaugurar espaço “incompleto”. “O trecho que é de responsabilidade da Prefeitura nós fizemos, que é o que vem lá do Parque do Pedroso até a (Avenida) Mário de Toledo. Oficialmente ainda não está em funcionamento”, justificou o chefe do Executivo. “Por isso, há certa tolerância da nossa parte, do poder público, em relação a isso. Mas não impede e estamos cobrando da Guarará para que ela busque solução. Não dá para esperar inaugurar para depois tratar de alternativas.”

A secretaria admitiu, na primeira quinzena deste mês, acordo extraoficial com a Expresso Guarará com validade de 20 dias, autorizando que a empresa deixasse os ônibus em cima da ciclovia – já com delimitações pintadas de vermelho e os tachões que fazem separação colocados – até que a companhia de transporte encontre galpão para parar os veículos ociosos, infringindo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro). Estacionar em local proibido é infração grave, com multa aplicada e remoção do automóvel. Contudo, diante de crise financeira, a situação ainda perdura no espaço.

A Guarará, que opera 17 linhas de ônibus no âmbito municipal, deve R$ 15 milhões à SATrans, empresa que administra o sistema. O valor se refere a dispositivos contratuais não cumpridos desde o início da operação, em 1999. Desde setembro há multas em tramitação que podem elevar o passivo. São 27 processos administrativos emitidos, cujo valor chega a R$ 240,6 mil, cabendo ainda recurso a essas representações internas. Não bastasse, em outubro, 14 ônibus foram apreendidos por falta de pagamento de financiamento junto à instituição financeira.
 




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