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Vendas pela internet devem crescer 25% neste fim de ano

Expectativa do comércio eletrônico nacional é faturar cerca de R$ 1,3 bilhão até o final de dezembro

Por Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
01/12/2008 | 07:00
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Em uma das datas mais aguardadas do ano, o comércio eletrônico nacional deve continuar aquecido. Isso porque cada vez mais as pessoas optam por usar a internet para realizar suas compras, e no Natal não será diferente.

Segundo dados da consultoria e-bit, o varejo eletrônico deverá faturar em 2008, somente com as vendas natalinas de 15 de novembro a 24 de dezemvro, aproximadamente R$ 1,350 bilhão, gerando um aumento de 25% em relação aos R$ 1,082 bilhão faturados no período em 2007.

Para o diretor-geral da e-bit e vice-presidente de estratégia da Câmara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico), Pedro Guasti, o varejo eletrônico no Brasil ainda possui um grande potencial para se desenvolver.

Segundo ele, a potencialidade existe porque é neste período que as pessoas não têm tempo para as compras em lojas de rua, ou têm pouca paciência para enfrentar filas em shopping centers. "É importante destacar a comodidade que esse tipo de mercado traz para o consumidor, que fica despreocupado em não ter de gastar seu tempo para ir a uma loja fazer sua compra, além de evitar os imensos congestionamentos característicos das grandes cidades. Por isso, a melhor opção para ele é adquirir seus produtos pela internet", diz Guasti.

Há ainda outros fatores que devem estimular as vendas, e um deles é o 13º salário. "O faturamento do Natal deve ser beneficiado com a injeção do 13º salário e com as promoções de final de ano, sem contar a possibilidade de parcelamentos mais elásticos que o varejo tradicional oferece. Enquanto as lojas de rua e shoppings oferecem pagamentos em até seis vezes sem juros, na web o parcelamento pode chegar a até 12 vezes sem juros. Isso contribui ainda mais para o consumidor brasileiro, que nessa data tem o hábito de dar muitos presentes", finaliza.

Pesquisa aponta intenções de compras no Natal

Pela internet é possível comprar de tudo. Mas os produtos com componentes tecnológicos são os carros-chefes nas preferências dos consumidores para este Natal.

De acordo com a última pesquisa sobre intenção de compra do consumidor - realizada pelo Provar (Programa de Administração de Varejo), em parceria com a e-bit -, nos últimos três meses 39% dos consumidores disseram que pretendem comprar eletroeletrônicos, gastando até R$ 850 em uma só compra. Os produtos de informática deverão representar 36% do total.

Já, a categoria de CDs, livros e DVDs deve ser a preferência entre as mulheres, que podem chegar a gastar até R$ 300 por compra, confirmando a média do valor gasto pelos e-consumidores durante todo o ano de 2008 na web. Para a data comemorativa, o tíquete médio deve girar em torno de R$ 320.

CURIOSOS - Segundo Patrícia Vance, professora do Provar, cerca de 70% das pessoas que compram pela internet optam por adquirir livros, CDs, DVDs, produtos de informática. Mas muitos ainda usam a internet para pesquisar, sendo que depois efetuam a compra na loja física.

Rogério Mendes, gerente de comércio eletrônico da CVC, confirma isso. "Cerca de 70% dos nossos clientes entram primeiro no site e depois vão comprar na loja física para tirar eventuais dúvidas", finaliza.

Web atrai pela comodidade e variedade de produtos

A comodidade, o preço e a variedade atraem cada vez mais clientes no comércio eletrônico. Segundo Patrícia Vance, professora do Provar, os clientes das lojas virtuais não se incomodam em pagar frete, pois na somatória, se eles fossem ao shopping, pagariam muito mais com a locomoção.

Luciano Costa, jornalista de São Caetano, afirma que uma vez por mês compra algo pela internet. "O preço é baixo, a facilidade de pesquisar é grande, e a comodidade é o que me faz comprar sempre", comenta. Segundo ele, para não ter problemas com o cartão de crédito a compra é sempre realizada em sites conhecidos. "Gasto em torno de R$ 50 por mês, mas já cheguei a comprar uma televisão e peças de computadores pela internet", diz.

O industriário Fábio Roberto Schulz, de São Bernardo, gasta cerca de R$ 600 por mês em compras virtuais. "Como estamos sem carro há um ano, faço nossas compras semanais no mercado online. E meus filhos compram livros, CDs, DVDs", conta.

O mesmo faz Eveline Suchoj de Souza, que trabalha como auxiliar de produção. Ela afirma que por mês gasta entre R$ 100 e R$ 150 comprando CDs, DVDs e livros.




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