Economia Titulo Consumo
Natal só perde para
Páscoa nas vendas
de chocolates

Vistos como opção de presente elegante, bombons e chocotones ‘voam’ das prateleiras

Por Andréa Ciaffone
do Diário do Grande ABC
23/12/2013 | 07:07
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Marina Brandão/DGABC


Depois do Coelhinho da Páscoa, os fabricantes de chocolate fecharam uma parceria de peso com o Papai Noel. “Hoje o Natal é a segunda maior data de vendas para a indústria”, afirma Ubiracy Fonseca, vice-presidente de Chocolates da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados).

“O chocolate, seja em que forma for, é um presente que sempre agrada e que é bem recebido por todos, independentemente da idade, sexo, classe social. Ou seja, tem 100% de aceitação”, observa Fonseca, que lembra que o preconceito de que chocolate não combina com verão ‘derreteu’. “Hoje todo mundo vive no ar-condicionado”, comenta.

“As pessoas estão descobrindo isso e a cada ano que passa as vendas aumentam”, diz o dirigente. “Ainda não temos o número de produção deste ano fechado, mas as expectativas são positivas”, completa. De acordo com a entidade, de outubro a dezembro de 2012, período que engloba a produção de Natal, as empresas produziram aproximadamente 128 mil toneladas de chocolate, melhor resultado desde o ano 2000. “Várias empresas estão prevendo crescimento significativo.”

A Cacau Show, maior rede de lojas (franqueadas) de chocolates finos do mundo, prevê crescimento de 35% nas vendas deste Natal, em relação ao ano passado. Com esse aumento, as vendas chegarão a um total de R$ 390 milhões no País, ou seja, 15% a mais, por loja.

“Nosso foco é atender ao consumidor de forma democrática, tanto com produtos mais aprimorados quanto com pequenas lembranças. Por isso, trazemos sempre um portfólio bastante abrangente, para que nossas lojas possam ter opções adequadas para todos os tipos de gostos e bolsos”, explica Raquel Massagardi, diretora de marketing da Cacau Show. Por isso, a marca trará mais de 40 produtos exclusivos nas mais de 1.450 lojas da rede, entre eles oito lançamentos. Serão 3,5 milhões de panetones produzidos, o equivalente a 2.000 toneladas de chocolate.

A Arcor projeta crescimento de 18% em relação ao Natal do ano passado. Na Chocolate Munik, a meta é atingir 25% de aumento nas vendas em relação ao mesmo período de 2012. Para a Harald, o feriado de Natal é responsável por 20% das vendas no último trimestre.

Pensando no grande consumo desta época, a Chocolates Brasil Cacau desenvolveu uma coleção de 38 produtos criados ou posicionados para virarem presentes. A grande aposta deste ano são os Combos de Natal, alguns com preços de R$ 9,90 a R$ 49,90.

BOMBOM - De acordo com Renata Moraes Vichi, vice-presidente executiva do Grupo CRM, que controla as marcas Kopenhagen e Brasil Cacau, durante o período natalino, as vendas das lojas da Kopenhagen somam mais do que o dobro da média mensal do ano e o tíquete-médio gira em R$ 70.

“O faturamento do Natal 2012 da Kopenhagen foi da ordem de R$ 90 milhões. Neste ano, serão produzidas 120 toneladas de produtos sazonais e 460 mil unidades de panettones, 15% a mais do que no ano passado. Com o au</CW>mento na produção, nossa expectativa para o Natal 2013 supera os R$ 100 milhões, representando cerca de 20% das vendas da Kopenhagen”, afirma a executiva.

“O chocolate é um presente valorizado. E parece que as pessoas estão descobrindo isso. Neste ano, as prateleiras da minha loja esvaziaram cinco dias antes do que no Natal do ano passado”, afirma Sidney Tozzi, proprietário da loja Kopenhagen no bairro Jardim, em Santo André, há cinco anos. “Comprei a mesma quantidade de produto que no ano passado, mas como acabou mais cedo a gente imagina que poderia vender mais”, diz Tozzi, que confessa não ter se animado a fazer pedido maior para este fim de ano porque os resultados da Páscoa decepcionaram e até sobrou produto, Pelo jeito, o Bom Velhinho está vencendo o Coelhinho na corrida das vendas.




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