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S&P mantém rating de longo prazo da Itália em BBB
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13/12/2013 | 04:20
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A Standard & Poor's manteve o rating de longo prazo da Itália em BBB, com perspectiva negativa. A nota de curto prazo também foi mantida em A-2. "Os ratings são apoiados pela nossa visão de que a rica e diversificada economia da Itália e pela relativamente robusta balança externa do país", afirmou a agência de classificação de risco, em comunicado.

O cenário negativo significa que há ao menos uma em três chances de um corte no rating nos próximos 12 meses. "Segundo nosso critério, nós podemos rebaixar o rating se, em particular, nós concluirmos que o governo não pode implantar as políticas que ajudariam a restaurar o crescimento e evitar que os indicadores de dívida se deteriorem além de nossas expectativas", afirmou a agência.

A nota da Itália é limitada pela avaliação da S&P de que as perspectivas de crescimento continuam fracas, enquanto a dívida líquida do governo continua a ser uma das mais altas entre as dívidas soberanas cobertas pela agência. A nota também é limitada pelo que a agência vê como um "debilitado mecanismo de transmissão monetária", que levou a condições apertadas de crédito para o setor privado da Itália. O risco de uma significativa deterioração no financiamento externo também pesa contra a nota italiana, afirmou a S&P.

A agência de classificação de risco lembrou que o volume da atividade econômica da Itália continua 8% abaixo dos níveis pré-crise e o desemprego dobrou para mais de 12% da força de trabalho. Para 2014 e 2015, a S&P estima "apenas uma pequena recuperação no Produto Interno Bruto (PIB) real", com crescimentos de 0,4% e 0,9%, respectivamente.

O documento da S&P também revela que a agência está "incerta" sobre a implantação das urgentes reformas trabalhistas em 2014 e 2015 por conta do cenário político no médio prazo.

As medidas de cortes de gastos para o Orçamento de 2014, anunciadas por Letta, terão um efeito limitado de 0,2% do PIB, disse. A S&P projeta um déficit do governo geral em 3,0% do PIB para 2013 e "próximo a esse número" em 2014. Nas contas externas, a agência previu um superávit em conta corrente próximo a 1% do PIB neste ano, refletindo as importações mais fracas.




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