Política Titulo Irmão do prefeito
Brás Marinho manda
recado à militância
do PT de S.Bernardo

Para amenizar o tom de cobrança que vem recebendo, irmão do prefeito diz ser independente

Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
31/07/2013 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Pré-candidato à presidência do diretório do PT de São Bernardo, Brás Marinho mandou recado aos correligionários que atribuem sua participação na eleição interna ao seu irmão e prefeito, Luiz Marinho.

Integrante da CNB, corrente majoritária no petismo, Brás disse que, se for conduzido ao comando municipal da sigla, adotará postura independente, separando a administração municipal da instituição partidária.

“Enquanto prefeito, o Marinho é autoridade na cidade, não se pode negar isso. Mas, é preciso tratar disso com responsabilidade”, disse Brás, que rompeu o silêncio sobre o PED (Processo de Eleição Direta) ontem, durante entrevista coletiva.

Desde que o nome de Brás foi apresentado para comandar o PT, alguns petistas têm reclamado da atuação do chefe do Executivo, que cobra participação dos correligionários no pleito e a favor do irmão. Com Brás no comando da sigla, Marinho daria as cartas, analisam alguns filiados.

Na semana passada, o prefeito convocou os partidários que trabalham em cargos de comissão na Prefeitura para cobrar participação no PED para assegurar a vitória de seu irmão. Mesmo assim, Brás garante a autonomia em sua gestão se for escolhido para chefiar o PT.

CONSENSO

O secretário de Governo, José Albino de Melo. e os oito vereadores petistas de São Bernardo também estão empenhados na candidatura de Brás Marinho. Mesmo assim, ele foge do clima de ‘já ganhou’ e afirma que está trabalhando para que seja definida uma chapa de consenso para eleger o substituto de Wanderley Salatiel – desde 2007 no comando do PT local.

Brás já procurou o pré-candidato a presidência do PT Antonio Luiz, o Robozão, e Wagner Lino, líder da corrente Articulação de Esquerda, que pretende lançar a candidatura de Juliana Rocha. “Estou dando minha energia nesse sentido de buscar o consenso. É importante para o PT”, salientou Brás.

Luiz Silvério, que se diz candidato independente, também foi procurado para discutir chapa única no PED. Mas nenhum deles deu resposta ao irmão de Marinho.

Direção nacional abre brecha para aumentar adesão ao PED

Sob a perspectiva de baixa participação de filiados no PED (Processo de Eleição Direta) para definir presidentes das executivas nacional, estaduais e municipais, a alta cúpula do PT mudou critérios de participação na eleição interna.

A princípio, somente os petistas filiados até 30 de outubro, participantes de pelo menos uma das três plenárias que antecedem o PED, poderiam votar. Também era exigida assinatura abaixo-assinado em defesa da reforma política para participar do pleito. A norma, porém, também caiu.

Agora, qualquer petista poderá participar da eleição interna, mesmo que não tenha assistido às plenárias. A única exigência para votar será pagar a contribuição partidária até 30 de agosto. Cerca de 1,5 milhão de petistas estão aptos a votar no pleito interno, 53,3 mil deles filiados nas sete cidades do Grande ABC.




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