Amorim reiterou ainda que o país não tem posição de confronto com os Estados Unidos. "Quem não tem posição própria não é chamado para discutir nada", disse Amorim, que ainda criticou brasileiros com "visão colonizada" e que não querem se indispor contra nada. "Se for assim a gente vai ficar sempre na terceira divisão do cenário internacional. Acho que um dia a gente pode passar para a primeira divisão."
O chanceler afirmou também que na terça-feira, na reunião com embaixadores da Liga Árabe, na cidade do Cairo, Egito, o presidente brasileiro criticou a posição dos Estados Unidos de atacarem o Iraque e não reconhecerem o erro, em decorrência da proximidade de uma eleição presidencial.
Amorim comentou que a presença de ex-guerrilheiros no jantar com o coronel Muamar Kadafi, tais como Bem Bella, da Argélia, e Daniel Ortega (ex-guerrilheiro sandinista que presidiu a Nicarágua) não foi responsabilidade brasileira, mas sim do governo líbio.
De acordo com a Agência Brasil, o ministro disse que a visita à Líbia não é ideológica, mas de negócios. Afirmou que há possibilidades comerciais em áreas como a venda de máquinas agrícolas, construção civil e aviação. Acrescentou que o momento é importante porque as sanções econômicas à Líbia foram suspensas neste ano e, segundo ele, é bom que o Brasil esteja nas conversações desde o início.
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