Setecidades Titulo São Bernardo
Novo prédio do TRT gera insegurança

Funcionários e juízes temem pela obra de recuperação dos subsolos

Por Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
28/06/2012 | 07:00
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Com inauguração marcada para o dia 10 e abertura ao público na manhã seguinte, o imponente prédio da Justiça do Trabalho de São Bernardo, no bairro Baeta Neves, ainda provoca dúvidas nos funcionários e até mesmo juízes quanto à segurança do imóvel. Sem conclusão da obra de recuperação dos quatro subsolos, várias barras de ferro escoram as lajes, um dos motivos do receio dos servidores.

Segundo o TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo, trata-se de procedimento normal em serviços do tipo. "Toda a obra, inclusive as escoras, está abalizada em laudo técnico elaborado por empresa especializada". O prédio possui 13 andares, além de quatro subsolos.

As escoras estão nos três últimos subsolos, segundo os funcionários. A equipe do Diário teve acesso a várias fotos que mostram a situação. "O nosso medo é quando as barras de ferro forem retiradas", disse um servidor, que pediu para não ser identificado.

O TRT informou que a retirada das barras de ferro só ocorrerá com o término da recuperação dos subsolos. Dentro do cronograma da obra, ainda falta o tratamento das estruturas. No momento, está em fase de licitação para escolha da empresa que executará o serviço.

PROCESSOS

Outro ponto questionado pelos funcionários fica por conta dos inúmeros processos que tramitam nesse fórum trabalhista, pertencente à 2ª Região - que inclui o Grande ABC. "Os três últimos andares serão destinados ao arquivo morto. Imagina o peso do material", alertou outra funcionária. De janeiro a março, foram 24.333 processos. Outra informação é que o local estaria "intrafegável e com limitação de acesso de todos os funcionários".

O tribunal confirmou que do 11º ao 13º andar ficarão concentradas as áreas de arquivo e serviço de apoio ao Fórum. Mas negou a interdição dos espaços.

A equipe do Diário esteve ontem à tarde no prédio, mas a entrada não foi permitida. Apenas um subsolo, que tem acesso pela Rua Baeta Neves, tinha veículos oficiais estacionados. A própria juíza titular da 4ª Vara e diretora do Fórum, Maria Cristina Xavier Ramos Di Lascio, parou seu carro no local.Indagada se estava tudo bem no prédio, respondeu, após ser informada pelo segurança que se tratava de repórter: "Vai ficar".

O prédio foi comprado pronto pela União há dois anos por R$ 12,3 milhões. Mas, desde 2000, o fórum trabalhista de São Bernardo funcionava em imóvel alugado no Centro - R$ 38.793,94 por mês.




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