Mais um passo foi dado em direção à possível greve de 3.000 cegonheiros de São Bernardo, na quinta-feira. Nesta segunda-feira, o Simoc (Sindicato dos Motoristas Cegonheiros Autônomos de São Bernardo) entregou oficialmente as reivindicações para a entidade patronal, o Sindicato Nacional dos Cegonheiros, mas pelo que tudo indica as negociações não vão para frente antes do prazo final.
“Não mudou nada”, lamentou o presidente do Simoc , Pedro Cagega. Ele contou que, embora as negociações já tenham completado meses de duração, o sindicato patronal pediu que fosse entregue oficialmente a pauta de exigências. “Eles (os patrões) prometeram apresentar uma proposta, mas isso estamos negociando faz tempo.”
A principal demanda do Simoc é a diminuição do excesso de trabalho. “Há 10 anos, temos o mesmo número de caminhões e o mesmo número de motoristas. Só que a carga de trabalho aumentou 50%”, explicou Cagega. Grande parte desse aumento de entregas se deu pelo avanço da indústria automotiva, que atualmente acumula recordes de produção e vendas.
Mas o presidente do Simoc explicou que o aumento de produção e a estabilidade no número de cegonheiros trazem sérias conseqüências. “Vemos muitos acidentes. Só nesse fim de semana, tombaram duas carretas, uma no Rio Grande do Sul e outra no Paraná. Tudo isso é reflexo de excesso de trabalho”, contou Cagega.
Protesto - A greve está marcada para começar na quinta-feira, mas o sindicato pretende começar a fazer barulho nesta terça-feira. “A Força Sindical forneceu um caminhão de som e às 8h vamos aparecer nas portas das empresas”, conta Cagega, que aproveita para relembrar: “Se até quarta-feira não tiver acordo, haverá greve.”Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.