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Suzano anuncia mudança no comando da empresa
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
17/08/2006 | 08:32
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Para ampliar ainda mais a profissionalização de sua gestão, a Suzano Petroquímica, que tem fábrica em Mauá, anunciou ontem uma mudança no comando. Dois executivos, José Ricardo Roriz Coelho e João Pinheiro Nogueira Batista, passaram a dividir a presidência da companhia, em substituição a David Feffer, que é da família que controla a empresa.

Feffer, desde a aquisição do controle integral da Polibrasil (que passou a se chamar Suzano Petroquímica), iniciada em setembro do ano passado, acumulava esse cargo e a presidência do Conselho de Administração da Suzano. Segundo ele, a nomeação dos executivos se alinha com o modelo de negócios baseado em controle familiar, estreita relação com o mercado de capitais e gestão profissional.

Um dos objetivos, com a mudança, é o aprimoramento da governança corporativa, conceito de relacionamento com investidores, que exige, entre outros quesitos, regras para maior transparência em relação às informações da empresa. Isso porque deve estimular uma maior discussão nas tomadas de decisões. Alçados ao cargo, Coelho era superintendente e Batista estava (continuará, passando a acumular função) à frente da diretoria de Relações com Investidores. Os dois passam a decidir em conjunto e por consenso.

Ainda de acordo com Feffer, a iniciativa se destina ainda a dar maior consistência na gestão, melhor qualidade de execução e eficiência na implementação das estratégias. Coelho destaca que um dos desafios, em termos estratégicos, é ter participação ativa em um movimento de consolidação do setor petroquímico, com o foco na região Sudeste.

A Suzano investe para que essa consolidação aconteça. Como parte desse plano, a companhia iniciou operações da Riopol, fabricante da resina PE (polietieno, destinada à produção de embalagens de plástico) instalada em Duque de Caxias (RJ), na qual detém controle compartilhado (junto com o grupo Unipar). Além disso, investe US$ 47 milhões na ampliação da fábrica em Mauá, produtora de outra resina plástica, o PP (polipropileno).

Outro desafio é a prioridade na produção e comercialização das duas resinas na região Sudeste – que passará de 80% para 85,7% a concentração da capacidade produtiva de polipropileno –, principal mercado consumidor desses produtos e que é responsável por mais de 60% de todo consumo do país.

O foco é elevar a rentabilidade e taxa de retorno dos acionistas. Isso poderá ser atingido também com os projetos de aumento de capacidade fabril, que permitirão menor custo por tonelada fabricada. Em Mauá, por exemplo, a fábrica passará dos atuais 360 mil toneladas anuais para 450 mil a partir de 2008. A companhia aplica ao todo US$ 95 milhões em projetos para elevar em 40% sua condição de fabricar PP daqui a dois anos.







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