O final de ano é muito esperado para alguns porque há o 13º salário. Ao recebê-lo, muitas pessoas não sabem o que fazer e que rumo dar a quantia recebida, e a incerteza de pagar as dívidas vencidas ou a vender, poupar, aplicar ou investir vem à tona.

Para os especialistas, o melhor a fazer é colocar os débitos como prioridade na lista do que fazer com o dinheiro 'extra'. As principais dívidas, segundo eles, são cheque especial, cartão de crédito, regularização do nome em órgãos como o Serasa e SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), prestações do comércio em atraso, financiamentos bancários e outras contas como telefone, escola e tarifas públicas.

O mais indicado para os consumidores é reservar uma quantia do salário, abono de férias ou 13º salário para fazer o pagamento das dívidas. Para os especialistas é preciso estabelecer uma escala de prioridades, classificando-as de acordo com a gravidade. Para isso, o ideal é verificar o saldo devedor a vencer e o débito em atraso, já que a dívida mais grave é a que gera mais juros.

Para o vice-presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Octávio Leite Vallejo, o melhor a fazer é quitar as dívidas para contrair outras. "É preciso pagar as existentes para poder ter mais no futuro", explica.

Na visão do professor da Universidade Metodista, Sandro Maskio, o consumidor que estiver comprometido com dívidas deve sacrificar as festas de fim de ano e quitar as dívidas antigas.

O presidente da Acisbec (Associação de São Bernardo, Moura lembra que na época do Natal, se não houver o mínimo de atenção e cautela, o 13º salário pode ser pulverizado por causa do desejo de consumir compulsivamente combinado com a eventual necessidade de colocar contas em dia. Recorrer ao crédito sempre com moderação e consciência é o lema. "Este ano será um Natal de lembrancinhas", diz.