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Yeltsin viaja à China em busca de apoio no caso Chechênia
Por Do Diário do Grande ABC
08/12/1999 | 11:43
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Apesar da oposiçao de seus médicos, o presidente da Rússia, Boris Yeltsin, recém-recuperado de uma pneumonia, decidiu partir nesta quarta-feira à China, para tentar conseguir apoio do governo chinês à sua campanha bélica contra a Chechênia e contra-atacar as críticas ocidentais. O encontro entre Yeltsin e seu colega chinês, Jiang Zemin, estava prevista há algum tempo para o final deste ano, mas a data ainda nao estava escolhida.

Os analistas acreditam que o presidente russo quer novamente dar uma demonstraçao de sua vitalidade. Há tempos os meios de comunicaçao russos e seus adversários políticos o apresentam como um velho cansado, incapaz de governar. Yeltsin espera encontrar na China o apoio de uma grande potência e, ao que tudo indica, as autoridades chinesas parecem dispostas a respaldar os russos.

``A China compreende e apóia os esforços da Rússia, destinados a manter sua unidade nacional e sua integridade territorial', declarou terça-feira o porta-voz da chancelaria chinesa, Zhang Qiyue.

``Os líderes da Uniao Européia provavelmente se verao obrigados a refletir antes de tomar a decisao de impor sançoes, enquanto Moscou e Pequim se apresentarem como uma força unida. (...) Tal força é considerável: dois Estados nucleares, dois membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU', avaliou o jornal Nezavisimaia Gazeta, em sua ediçao de terça-feira.

De acordo com uma fonte diplomática russa, Jiang e Yeltsin discutirao também ``questoes de terrorismo internacional, tentativas de provocar conflitos étnicos e a participaçao da comunidade internacional nesses conflitos'. Os dois líderes, em sua declaraçao conjunta, poderao apresentar uma posiçao comum sobre Kosovo, Chechênia, Taiwan, Tibete e a regiao autônoma de Xinjiang.

As autoridades russas e chinesas estao de acordo em que os movimentos separatistas devem ser reprimidos, a comunidade internacional nao deve se intrometer nos assuntos ``estritamente internos' e os Estados Unidos devem deixar de desempenhar o papel de xerife do mundo.




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